A 5ª edição do Festival de Circo de Taquaruçu (FCT) começa no dia 28 deste mês e vai até o dia 2 junho em Palmas, transformando o distrito num grande vale do circo. Durante o feriado de Corpus Christi o distrito turístico de Taquaruçu se transformará no vale do circo, com uma programação intensa de espetáculos, números, performances e oficinas circenses. A programação ocorre nas praças e escolas públicas do distrito e em um quilombo, com todas as atividades gratuitas.
Novidades
O Clown Nosso de Cada Dia, grupo de pesquisa e extensão da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará, é uma das novidades para o 5° FCT, trazendo artistas com mais de 30 anos de experiência. O grupo irá trazer ao Festival, números, oficinas e vivências sobre as pesquisas desenvolvidas na universidade. “O que queremos do festival é realizar este espaço de trocas: ver e ouvir os outros e também nos mostrar aos demais.” disse Marton Maués, professor da escola de teatro e dança da UFPA e diretor do grupo.
O grupo “O Clown Nosso de Cada dia” reúne estudantes de graduação e técnico dos cursos da Escola de Teatro e Dança, ex-alunos e artistas da comunidade de Belém. Tem como objetivo pesquisar, estudar e realizar treinamentos na arte da Palhaçaria. Segundo Marton, os integrantes do grupo de pesquisa participam de outros grupos artísticos da cidade ou fazem trabalhos solos onde levam para estes o que desenvolvem no grupo de pesquisa “somos mais de 20 artistas, estudantes de teatro e ex-estudantes, mestres e um doutor” concluiu Marton.
Aprendizagem no Circo
A parceria com pesquisadores de circo já é algo que ocorre todos os anos no FCT. A Cia Os Kaco, realizadora do festival, mantém uma parceria com diversas escolas e circos sociais por meio da Rede Circo do Mundo Brasil que tem o objetivo de realizar intercâmbio entre esses grupos e escolas. “O intercâmbio se dá com as realizações de oficinas, workshops e ajuda nas produções dos eventos e espetáculos. São parceiros desta rede, a Escola de Circo de Anápolis, Escola de Circo do Instituto Tecnológico de Goiás em Artes Basileu França e o Circo Social Laheto”, destacou Kadu Oliviê, diretor artístico da Cia Os Kaco.
“A participação no FCT é fundamental para estimular os artista e os alunos a cada vez mais querer estar dentro do circo.” Diz Amanda Ricold, coordenadora da Escola de Circo de Anápolis que vê o FCT como uma oportunidade para os alunos e os artistas saírem de sua zona de conforto, “Você sai da sua zona de conforto onde você tá ali todo dia estudando para aperfeiçoar sua técnica pra poder mostrar seu talento e tudo que você vem adquirindo durante a sua pesquisa e estudo” concluiu.
Já para Larissa de Paula, coordenadora do Circo Basileu França, a participação no FCT é um privilégio “Para nós é um privilégio poder participar porque o FCT faz um paralelo com tudo o que a gente procura levar pros alunos como a sustentabilidade e, principalmente a irmandade, de um ajudando os outros”. Para ela o festival tem um papel fundamental de inspiração e transformação de vidas, “O FCT é, para mim, um dos mais transformadores, no sentido mais amplo da palavra, transforma a cidade, transforma as pessoas que participam, tanto pra quem está indo, quanto para o público. Do festival saem pessoas muito inspiradas, elas ficam muito animadas e motivadas a fazerem outras coisas e outras ações em suas cidades”.