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Economia

Foto: Divulgação

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De acordo com dados de uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 10% dos brasileiros fizeram algum financiamento no último ano. A pesquisa revelou que os principais motivos para contratar o financiamento foram suprir necessidades ou imprevistos (41,7%) e realizar um sonho de consumo (35,1%).

As principais finalidades do financiamento foram compra de carro (43,1%), pagar a faculdade (20,4%) e a compra do imóvel próprio (17,5%). Além disso, cerca de 17% dos entrevistados realizaram algum financiamento para compra de móveis, 12% para compra de eletrônicos, 12% para adquirir uma motocicleta e outros 11% para reforma de imóveis. O estudo revelou ainda que 14% dos consumidores financiaram algum bem em benefício de amigo ou parente.

Outro dado interessante apontado pela pesquisa é que 26% dos brasileiros não avalia custos com financiamento, mesmo que 71% dos que realizaram financiamento tenham feito alguma análise das tarifas e juros. Além disso, um em cada cinco entrevistados admite não ter controle dos pagamentos, sendo que 20% dos entrevistados com financiamento em aberto admite ter parcelas atrasadas e a média é de duas prestações em atraso.

Para o presidente da CDL Palmas, Silvan Portilho, o País ainda vem se recuperando de uma crise política e econômica e por isso os bancos e credores têm mais receio no momento de conceder crédito. “Nós sabemos que o financiamento é uma saída para muita gente realizar o sonho da casa própria, do carro ou de uma graduação, mas é preciso que se faça tudo com planejamento. Analisar os juros, os gastos, o quanto você pode gastar é essencial para evitar a inadimplência e auxiliar o desenvolvimento econômico do país. Para facilitar o acesso aos financiamentos, as entidades de representação do comércio, como a CDL Palmas, vem trabalhando a aprovação do Cadastro Positivo, que deve levar em conta as informações positivas sobre os pagamento dos consumidores, o que vai auxiliar na concessão de crédito mais barato”, explicou o presidente.

Para quem atrasa, a consequência é o pagamento de juros e multas e até mesmo a negativação, visto que dois em cada cinco entrevistados (39%) já ficaram com o nome sujo pela falta de pagamento de parcelas do financiamento, sendo que 27% regularizaram a situação e 12% permanecem negativados.

A negativação também foi um dos principais motivos pelos quais dois em cada dez consumidores que tentaram fazer algum tipo de financiamento nos últimos três meses (16%) tiveram seu pedido negado. A restrição do nome em cadastros de proteção ao crédito foi responsável por 54% dos pedidos de financiamento negado, seguido pelo valor do financiamento maior do que o permitido pela renda (24%) e pela inexistência de garantias para os credores (9%).