A Equipe da Área de Proteção Ambiental (APA) Ilha do Bananal/Cantão, Unidade de gestão do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), em parceria com a comunidade do Assentamento Nova Canaã e Distrito do Senhor do Bonfim, finalizou no último dia 2 de julho, diversas queimas conforme o calendário de queimas prescritas, elaborado em abril. As atividades que iniciaram no mês de junho teve a participação de moradores da região que participaram de todo processo que constituiu de planejamento, implementação, monitoramento e avaliação.
O supervisor da APA Ilha do Bananal/Cantão, Jovane Pereira Ferreira, explicou que a queima com fogo de baixa intensidade neste período, tem como objetivo diminuir o material propício a incêndios entre os meses de agosto e setembro, quando há riscos da ocorrência de queimadas com fogo de alta intensidade.
“Desta forma causa prejuízos à biodiversidade, tanto em relação à fauna quanto à flora; a saúde dos moradores da região, que sofrem com a redução da qualidade do ar; além de perdas de animais domésticos e materiais, como cercas e outras estruturas”, destacou.
O gestor ressaltou ainda que as queimas prescritas tiveram como objetivos proteger as reservas, aceirar alguns pontos críticos através das queimas de beira de estrada e também nas divisas do Projeto de Assentamento (PA) Cannã, e Povoado do Senhor do Bonfim, com algumas fazendas.
As ações de queimas prescritas fazem parte do Projeto Manejo Integrado do Fogo (MIF), que tem como objetivo assegurar que o uso do fogo seja realizado de forma controlada, na época certa e com a frequência e intensidade adequadas, o que consequentemente diminui os incêndios provocados acidentalmente ou criminosamente pelo fogo de alta intensidade.
Participaram das implementações das queimas prescritas, os servidores da APA Ilha do Bananal/Cantão, comunidades do PA Nova Canaã, do Distrito do Senhor do Bonfim e alguns chacareiros de propriedades que fazem divisa com o referido assentamento.
Segundo o presidente da Associação dos Pequenos Produtores do Assentamento Nova Canaã, Darci Reis, um dos participantes das queimas, a utilização do fogo pelas comunidades rurais, faz parte da cultura dos agricultores. “Vem dos pais, avós, bisavós que utilizavam o fogo para limpeza do terreno, plantio (roças de toco), renovação das pastagens, combate as pragas e na proteção de sua propriedade com aceiros. O MIF busca assegurar que o uso do fogo seja realizado pelos agricultores de forma controlada e segura”, enfatizou.