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Economia

Foto: Priscila Cavalcante

O segmento industrial do Tocantins foi representado pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), Roberto Pires, e diretoria da instituição durante o Encontro Nacional da Indústria (ENAI) iniciado nessa última terça-feira, 3, em Brasília/DF. Mais de 2 mil representantes do setor industrial participaram do primeiro dia do ENAI que contou com a presença do presidente da República, Michel Temer, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizadora do evento, Robson Braga de Andrade, entre outras autoridades e participantes de painéis com temas de interesse do segmento.

O evento é realizado desde 2006 e reúne empresários de todo o país com especialistas e autoridades políticas no principal fórum de questões estratégicas para o desenvolvimento do Brasil, como explicou Roberto Pires. “O ENAI é uma grande oportunidade de interagir com as federações de indústrias e empresários como também de compartilhar da visão de grandes nomes da economia e política do País e, assim, discutir no fórum mais importante do segmento não só os problemas que, muitas vezes são comuns aos estados, mas também as soluções desenvolvidas no enfrentamento de gargalos ao desenvolvimento industrial”, avaliou o presidente da Fieto.

Assuntos como governança, segurança jurídica, sustentabilidade, desafios do cenário econômico e as inovações advindas da indústria 4.0 foram discutidos por especialistas e autoridades políticas e destacados no pronunciamento do presidente Robson Andrade. “O ambiente de negócios prejudicado pela insegurança jurídica paralisa o Brasil e corrói a sua produtividade. Gestores tem receio de agir, projetos são atrasados, interrompidos ou até mesmo cancelados. É incalculável o quanto isso custa para a sociedade”, observou o presidente da CNI sobre um dos temas.

Michel Temer falou sobre a importância do diálogo de seu governo com o setor industrial o que, segundo ele, enriquece a Presidência da República e serve de norte para as ações. “Como tudo que a indústria faz, esse encontro tem os olhos postos no futuro. Nós temos apenas dois anos de governo, mas nós não fomos adiante e capazes de ousar para realizar as reformas mais variadas e importantes para o país, como a modernização trabalhista e a terceirização que são aspectos importantes de nosso Governo”.

Ao abrir os painéis de discussão, o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso abordou sua contribuição ao processo de construção da democracia no País, desde a participação na elaboração da constituição, como deputado, até seus dois mandatos como presidente da República.

“É um sistema que precisa para sua governança melhorar de modificações mais profundas do que a gente toma consciência normalmente, porque ele já está muito entranhado na nossa vida partidária. E como o Supremo Tribunal Federal proibiu o recurso privado, de empresas, etc., o recurso é de fundo público, então vai haver uma oligarquização do poder gigantesca porque os partidos vão utilizar estes recursos em suas estratégias. Essa é a democracia que nós votamos, não era o nosso propósito, mas é a que aí está”, avaliou Cardoso.

Além da discussão de temas relevantes para a indústria, o ENAI traz em sua programação que vai até esse domingo, 8, atividades como o Diálogo com Presidenciáveis que reunirá candidatos do pleito de outubro com empresários do segmento e a Olimpíada do Conhecimento, grande mostra de tecnologia, práticas e entregas de alunos do Sistema Indústria.