A Polícia Civil do Estado do Tocantins, por meio de sua Corregedoria-Geral, desencadeou nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 30, a Operação “Commercia Illicita”, que investiga suposta participação de gestores da Casa de Prisão Provisória de Porto Nacional, em esquema de negociação de transferência irregular de presos ligados a facção criminosa de âmbito nacional.
Chamou a atenção o fato de que a gestão da unidade prisional vinha insistindo na permuta de presos, mas indicando o nome dos presos que seriam transferidos para a CPP de Porto Nacional, o que não é comum.
Durante a ação, que envolveu o cumprimento de mandados de busca e apreensão naquela cidade e também na Capital, um bloqueador de sinal de telecomunicações e um artefato explosivo foram apreendidos em residência na Quadra 305 Norte, em Palmas, em poder de uma mulher que mantém relacionamento afetivo com reeducando ligado a facção criminosa.
Apurou-se ainda que a mulher estava encarregada de intermediar a possível negociação, recebendo valores em sua conta bancária pessoal e em seguida transferindo a outros beneficiários que serão também objeto de investigação, totalizando em torno de 80 mil reais.
A Corregedoria suspeita que o reeducando cujo nome ainda não foi informado, utilizava da mulher para arquitetar sua transferência para a unidade prisional considerada menos segura, visando um possível resgate.