Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) junto com o SPC Brasil, revelou que, nos últimos 12 meses, as principais modalidades de compra a prazo que deixaram os consumidores com o nome negativado foram o crediário (58,3%) e cartão de crédito (48%). A pesquisa mostrou ainda que os créditos mais contratados/utilizados no último ano foram cartão de crédito (67,5%), crediário (26,6%) e o limite do cheque especial (16,7%), sendo que o último foi responsável por 29,6% das negativações.
A pesquisa revela que o crediário (69,1%) e o cartão de crédito (66,9%) são as modalidades que os consumidores menos declaram fazer controle dos gastos. Já o cheque pré-datado (84,6%) é a modalidade em que mais se faz o controle. O financiamento (71,4%) e o empréstimo (70,5%) são as modalidades de crédito que os consumidores mais analisam as tarifas e as taxas de juros, antes de contratarem. O cheque especial (47,9%) e o cartão de crédito (60,0%) são as modalidades em que esses aspectos financeiros são menos observados.
“Planejamento: essa é a palavra de ordem. O consumidor precisa entender que sem planejamento de gastos não é possível ter um vida financeira saudável”, explica Silvan Portilho, presidente da CDL Palmas. Ainda de acordo com Silvan, é preciso fazer uma análise dos juros de todas as compras a prazo. “A compra de itens desnecessários, o crédito facilitado através de pequenas prestações e prazos longos, potencializam o endividamento. Por isso é tão essencial que o consumidor faça seus cálculos, se planeje, para que no momento de emergência não esteja negativado e fique impossibilitado de comprar”, disse.
A pesquisa revela que no ranking que considera a maneira como os consumidores tiveram acesso às ferramentas de crédito, o financiamento (56,6%) e o empréstimo (56,3%) lideram como as modalidades mais adquiridas de forma ativa, ou seja, fazendo a solicitação diretamente para o banco ou instituição financeira. Por outro lado, o cartão de crédito (39,3%) e o cheque especial (39,0%) foram os mais adquiridos de forma passiva, ou seja, aceitas após uma oferta do credor.
Ainda de acordo com os dados levantados pela CNDL e SPC Brasil, quatro em cada dez brasileiros dizem sim ao receberem ofertas de cartões de crédito de bancos ou lojas, sendo que parte deles aceitam a proposta sem sequer avaliar a real necessidade.