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Polí­tica

Foto: Antônio Gonçalves

Mais uma categoria de trabalhadores declarou apoio à candidatura de Paulo Mourão (PT), candidato ao Senado pela coligação Frente Alternativa. O encontro com a diretoria executiva do Sindicato dos Vigilantes do Tocantins (Sintvisto), com representantes de todo o Estado, aconteceu na última sexta-feira, dia 28, em Palmas.  “É uma categoria que precisa de um olhar diferenciado, precisa do senhor para estar conosco, estamos abrindo as portas desse sindicato, dessa categoria, dentro do estado do Tocantins para o senhor ser o nosso representante, para termos alguém que possamos ter acesso no Senado em Brasília”, declarou Antônio Gonçalves, presidente do Sintvisto.

O encontro teve a presença do vice-presidente do Sintvisto, Jucelino Evangelista e do presidente do Sintet e da CUT, José Roque Santiago. Com a adesão do Sintvisto sobe para 22 o número de sindicatos representante de trabalhadores que apoiam a candidatura de Paulo Mourão ao Senado.

Antônio Gonçalves falou que depois da eleição é que irá apresentar as demandas dos vigilantes para o futuro senador. “Não trouxemos no papel as nossas demandas, queremos formar uma caravana dos diretores que estão aqui e estar presente no gabinete que o senhor vai despachar e levar as demandas que esta categoria tem”, declarou. “Aqui é uma categoria que aonde um vai os outros vão juntos, e nós não tínhamos feito nenhum apoio antes. Estamos recebendo o senhor aqui agora, abrindo as portas, dando todo o apoio, nesse momento, nessa reta final, agora é que chegou a hora, você terá essa missão de representar o trabalhador do Tocantins”, sintetizou o sindicalista.

O candidato conversou com os representantes dos vigilantes durante quase uma hora, explicando sobre as defesas que fará no Senado pelos trabalhadores, bem como fez uma explanação sobre a atual conjuntura política e econômica do país. Paulo Mourão lembrou que a Reforma Trabalhista mexeu em 121 artigos que tiraram benefícios ou direitos do trabalhador. “Em nenhum país do mundo isso aconteceu de forma tão agressiva”, pontuou.

Ele criticou a aprovação da PEC do Teto dos Gastos, que também fez parte das propostas do MDB na chamada “Ponte Para o Futuro”. “Fizeram outro ato nessa Ponte Para o futuro, criaram uma PEC limitando gastos na educação, saúde, segurança pública e nos investimentos estruturais do país”, lamentou. “Fizeram mais, não ampliaram em nenhuma outra bolsa o PROUNI e nem o FIES, não construíram mais casas, Minha Casa Minha Vida está praticamente paralisado, suspenderam o Luz para Todos, e no Bolsa Família não ingressou mais nenhuma família”, pontuou.

Paulo Mourão destacou que o Tocantins tem 121 mil famílias assistidas pela Bolsa-Família, mas como a pobreza aumentou e o desemprego também seria necessário atingir 198 mil famílias tocantinenses. “Ou seja, temos mais de 70 mil famílias precisando de apoio e o governo não dá por causa da PEC do Teto dos Gastos”.

Paulo Mourão explicou que o congelamento dos investimentos ocasionou uma instabilidade socioeconômica muito grande, sendo que as empresas que poderiam estar investindo no Brasil recuaram porque entendem que não há necessidade de fazer investimento no país. “O governo não quer, o governo quer o dinheiro das empresas para ser aplicado no mercado de capitais, nos bancos, por isso estamos vivendo uma era do capital improdutivo, nada acontece no País para gerar emprego ou beneficiar a sociedade, só se gera lucro ao sistema financeiro, ao ponto de 2016 o sistema financeiro lucrar R$ 800 bilhões’, ressaltou.

Mourão observa que por outro lado, o salário mínimo saiu de R$ 932,00 para R$ 954,00, sendo que todos os salários contribuem para esses lucros dos bancos, isso porque tudo que a população consome incide imposto e até juros. “Se atrasar a fatura do cartão de crédito o juro vai de 180% a 220%, que vão para as instituições financeiras, tudo que eu faço hoje gero lucro aos bancos”, destacou.

O senadoriável teceu comentários sobre as pesquisas eleitorais que mostram a maioria dos deputados e os atuais senadores, que são candidatos à reeleição, que votaram a favor da lei trabalhista e da PEC do teto dos gastos estão em boas posições, com chances de vencer as eleições. “É porque a sociedade não tem as informações, não faz a leitura para conhecer o parlamentar pelo que ele está fazendo”, considerou.  

“Aí eu pergunto aonde está o problema do lado de lá ou do lado de cá? Eles estão indo pra lá pra cumprir o papel de quem financia eles, que são os bancos, os grandes investidores do país, é por isso que chegam com dinheiro e compram mesmo o voto, porque o negócio deles é mercantil, não é representar o povo, não é em defesa de categorias e muito menos do povo brasileiro estão lá pra representar quem financia eles”, apontou.

Jovens

Por onde anda, Paulo Mourão tem destacado a falta de políticas públicas voltadas para a juventude. “Falam que vão industrializar o estado, como? Se a massa trabalhadora que precisava estar preparada, qualificada intelectualmente, está abandonada. O Tocantins não tem responsabilidade com os jovens do nosso estado, estão esquecidos. Michel Temer cortou 97 mil bolsas de jovens que estavam fazendo pesquisas nas universidades que é o Capes”, criticou.

Revisão da Reforma Trabalhista e da PEC dos Gastos

Paulo Mourão garantiu que vai entrar com um projeto de lei pedindo a revisão da Reforma Trabalhista e com um projeto de Emenda Constitucional, suspendendo  a Emenda 95. “Não conseguiremos conviver com ela, porque causará o maior prejuízo ao povo brasileiro, se o país não voltar a investir para o seu povo voltar a ter um dinamismo na economia”, salientou.

Reforma da Previdência

O candidato a Senador afirmou ainda que se votará contra a Reforma da Previdência, que já passou nas comissões, inclusive com voto favorável dos atuais senadores, candidatos à reeleição. “Esta é pancada. Essa é para banco ganhar muito mais bilhões de reais, não tem quase nada a ver com falência do sistema previdenciário, falo porque sou conhecedor de orçamento público, dediquei muito da minha vida a estudar orçamento público, quem mantém a previdência é a fonte da seguridade social, que recebe dinheiro de várias fontes”, explicou.

“Estima-se em R$ 500 bilhões a receita da previdência, o governo diz que tem um déficit beirando R$ 170 bilhões, devendo ultrapassar os R$ 200 bilhões em 2019. Agora, no governo da Dilma esse déficit era de R$ 40 bilhões, como é que em dois anos a Ponte Para o Futuro virou 200 bilhões?”, questionou.

Outro agravante considerado por Mourão é o governo pegar 20% do dinheiro da previdência para o pagamento de juros e serviços da dívida. “Entregam para os bancos”, diz. Ele assinala que gira no mundo US$ 83 trilhões, só que as dívidas dos países com o sistema financeiro, ou seja com os banqueiros, já somam US$ 51 trilhões. “Imaginem o poder de um presidente de banco aqui no Brasil”, avalia. “Por que a taxa Selic não cai? É porque os bancos não deixam. E por que não deixam? É porque a Selic é que aumenta a dívida pública do Brasil”, reflete. “Por isso que o juro do cartão de crédito é muito caro. Eles querem a reforma da previdência e os que tramaram tudo isso estão em primeiro lugar nas pesquisas”, lamenta.

Paulo Mourão encerrou o encontro com os vigilantes reforçando seu compromisso de fazer a defesa do trabalhador e da trabalhadora do Brasil.