A senadora Kátia Abreu (PDT), que concorreu ao cargo de vice-presidente da República ao lado de Ciro Gomes (PDT), comunicou que se manterá neutra no segundo turno da campanha eleitoral para presidente por não se identificar com nenhum dos projetos dos dois candidatos - Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).
Kátia Abreu disse ainda que não acredita que qualquer um dos candidatos que venha a ganhar essa eleição seja capaz de unificar o país e criar condições de governabilidade. A senadora acrescentou ainda que não apoia “apenas um personagem ou um projeto de poder político. Apoio uma agenda para o País que possa mudar de fato a vida dos brasileiros para melhor”.
Na quarta-feira, 10, Kátia Abreu chegou a defender que Fernando Haddad desistisse da candidatura, abrindo espaço para que Ciro Gomes assumisse o pleito contra Bolsonaro no segundo turno.
Em entrevista ao Uol e à Folha Kátia Abreu declarou que acharia digno que Haddad percebesse que não tem chances contra Bolsonaro no segundo turno e desistisse da disputa. “Eu não estranharia e acharia muito digno se por acaso ele (Haddad) desistisse da candidatura vendo que pode entregar o País a um fascismo religioso", disse Abreu ao repórter Renan Truffi do Uol
De acordo com a Constituição Federal, em caso de morte, desistência ou impedimento legal de algum candidato no segundo turno, quem deverá ser convocado para a eleição é o que teve a terceira maior votação, no caso hipotético seria Ciro Gomes.
A senadora disse também que vai pretende anular ou votar branco no dia 28 de outubro. "PDT só deu apoio crítico ao PT para não dar uma de Pôncio Pilatos, para não lavar as mãos diante da ameaça e fascismo que a outra candidatura representa. O PT que tinha uma causa lá atrás não existe mais, não vale a pena defender”, concluiu.