Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Saúde

Foto: Divulgação

Despertar a população sobre a importância da prevenção de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya e promover o combate ao mosquito Aedes aegypti. Estes são os objetivos da semana nacional de mobilização dos setores saúde, educação e assistência social no combate ao Aedes, que acontecerá de 26 a 30 de novembro, em todo o País.

No Tocantins, haverá mobilizações nos 139 municípios, com apoio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parcerias com as Secretarias Municipais de Saúde; Secretarias Municipais de Infraestrutura e Desenvolvimento Social, Secretarias Estadual e Municipal de Educação e parceiros.

Durante toda semana serão realizadas atividades que tem como objetivo dar visibilidade às ações de Vigilância e Controle do Aedes aegypti realizadas ao longo do ano pelas Vigilância de Zoonoses e sua intensificação no período chuvoso.

“As ações acontecerão com visitas a residências, atividades em escolas, em centros de comunitários e cursos para formação de brigadistas que serão multiplicadores das orientações necessárias ao combate ao mosquito”, explicou o biólogo em saúde a Gerência de Vigilância Epidemiológica das Arboviroses da SES, Evesson Farias.

No dia 30, acontecerá o dia D de Combate ao Aedes, com programação especial na Escola de Tempo Integra Padre Josimo Morais Tavares, localizada na Quadra 301 Norte LO 08 APM 01. O evento que acontecerá a partir das 8h, contará com exposições entomológicas e de materiais educativos e, ainda, apresentações culturais.

Em todo o Tocantins, em 2018, foram notificados até o início do mês de novembro, 5.420 casos de dengue; 800 de Zika e 998 casos de Chikungunya. Destes, foram confirmados 1.250 casos de dengue; 52 de Zika e 61 de Chikungunya.

Segundo boletim divulgado pela Gerência de Vigilância Epidemiológica das Arboviroses, sobre a dengue, no início de novembro, “o quadro epidemiológico atual do Estado do Tocantins caracteriza-se pela redução dos casos em aproximadamente 65% (em comparação com o mesmo período no ano de 2017). No entanto, há ampla distribuição do Aedes aegypti, circulação simultânea de três sorotipos virais (DEN1, DEN2 e DEN3), com prevalência do sorotipo 2 (o qual tem potencial de agravamento dos casos), e aumento do acometimento em crianças”.

Evesson destaca que o boletim de alerta aos municípios teve como objetivo despertar a todos para o combate precoce à doença e assim, evitar óbitos. “O período epidêmico se inicia e nossos esforços em detectar precocemente os casos de dengue devem ser ampliados, por isso todos devem ficar atentos, observar e ao suspeitar, já notificar”, enfatizou.

De janeiro a outubro de 2018 houveram 1.250 casos confirmados de dengue no Tocantins, contra 3.557 no ano passado, uma queda de 64%. Os números de repetem com a zika (386, em 2017; 48, em 2018); e chikungunya (2.372, em 2017; 69, em 2018).

Segundo o biólogo, a redução dos casos é resultado da intensificação de ações  de combate ao vetor, principalmente após a emergência em saúde pública ocasionada pelos casos de microcefalia e, também, pelo comportamento específico de cada doença (Zika e chikungunya) só se pega uma vez, depois fica imune, diferente da dengue que tem 4 tipos de vírus.