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Educação

Oftalmologista Josenylda Barros orienta educadores sobre a saúde da visão

Oftalmologista Josenylda Barros orienta educadores sobre a saúde da visão Foto: Elias Oliveira/Governo do Tocantins

Foto: Elias Oliveira/Governo do Tocantins Oftalmologista Josenylda Barros orienta educadores sobre a saúde da visão Oftalmologista Josenylda Barros orienta educadores sobre a saúde da visão

No Dia do Cego, comemorado nesta quinta-feira, 13, a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) promove palestras e rodas de conversas sobre as experiências das pessoas que estão na condição de cegos ou apresentam baixa visão, sobre superações e desafios na vida profissional. As palestras fazem parte da programação da II Semana da Deficiência Visual do Tocantins.

A primeira palestra, denominada Saúde da visão – detecção precoce das patologias oculares e sua relação com o desenvolvimento acadêmico da pessoa com deficiência visual, foi ministrada pela oftalmologista Josenylda Barros. Ela ressaltou a necessidade dos pais fazerem exames nos bebês e crianças para a detecção de doenças, que poderão ser eliminadas, por meio de estímulos e tratamentos adequados.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, há 33 mil crianças cegas e cerca de 40% das perdas de visão na infância poderiam ser evitadas ou tratadas, caso fossem diagnosticadas cedo.

Josenylda explicou que a primeira consulta com o oftalmologista deve ser realizada antes dos 30 dias de vida e que, por meio do Fundoscopia, se verifica, se há alguma lesão. Ela esclareceu também que há lesões de origem oculares ou neurológicas.  “É importante que os professores tenham mais conhecimento sobre a saúde da visão, para orientar os pais, que às vezes não entendem porque terão que levar os filhos tão cedo para o consultório de um oftalmologista. Muitos casos poderiam ser identificados e tratados na infância, o que ocorre é que a família só percebe o problema quando os filhos vão à escola”, frisou.

Josenylda explicou que os problemas de visão das crianças podem ter várias origens como prematuridade, paralisia cerebral, meningite, má formação, infecções apresentadas durante a gestação e situações quando a mãe ingere bebidas alcóolicas ou usam drogas.

A orientadora educacional da Diretoria Regional de Educação de Palmas, Marilene Alves Lima, comentou que é muito importante os educadores participarem dessas palestras para que eles tenham mais conhecimento para ajudarem os alunos e os pais. “Durante minhas visitas a escolas, observei casos de crianças que apresentavam baixo rendimento escolar e situações de indisciplina por causa da baixa visão”, disse.

A estudante Rute Lacerda, 18 anos, da Escola Estadual Frederico Pedreira, também foi participar da palestra. Ela contou que se encantou com a possibilidade de desenvolver trabalhos que possam ajudar na inclusão social das pessoas com deficiência.

A educadora Sandra Alves de Oliveira Godinho esclareceu que esses momentos de interação sobre os trabalhos da educação especial ajudam a disseminar a ideia de que todos devem ajudar na promoção do acesso das pessoas com deficiência às políticas públicas. “Trabalho com a professora Maria Dinalva, que é cega, e que atua no Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual do Tocantins, não vejo diferença nenhuma em termos de competência profissional, o que vejo, muitas vezes, é a falta de acessibilidade em alguns lugares. Essas pessoas precisam desenvolver sua vida profissional e social”, ressaltou.

Já Dinalva destacou que a pessoa com deficiência precisa ter autonomia para ser mais feliz na vida.

Dia do Cego

O Dia do Cego foi instituído em 1961, com o objetivo de reduzir a discriminação contra das pessoas que apresentam deficiência visual e promover a integração dos deficientes visuais.

Semana da Deficiência Visual

A educadora Eusamar Araújo de Sousa, superintendente de Desenvolvimento da Educação da Seduc, que participou da abertura da programação, destacou a quantidade de pessoas que apresentam problemas de deficiência na fase adulta. “É importante esse olhar para a pessoa com deficiência para que ela tenha mais acesso à educação, à saúde, ao trabalho e à dignidade humana”, frisou.

A programação prossegue no período da tarde, às 14h, com uma palestra com a professora Ana Lúcia Belloni, sobre a participação da família no processo inclusivo da pessoa com necessidades educacionais.

E, às 16h, serão realizadas oficinas pedagógicas sobre os aspectos pedagógicos no Atendimento Educacional na Deficiência Visual. As atividades serão realizadas no Centro de Atendimento da Educação Especial Márcia Dias, localizado na Quadra 403 Sul.