A Polícia Civil do Tocantins realizou nesta quinta-feira, 27, em Porto Nacional, a 60 quilômetros de Palmas, a Operação Poker Face, que é seguimento à Operação Catarse, realizada no município no último dia 17 de dezembro. A ação se deu por meio da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC/Porto Nacional), com o apoio da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (DRACMA), do 1º Distrito Policial de Palmas, e Delegacia Estadual de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT).
O objetivo da operação é investigar um processo fraudulento de licitações na Câmara de Vereadores de Porto Nacional. A suspeita da Polícia Civil é que o esquema criminoso acontecia desde 2013, com um prejuízo para os cofres públicos que passam dos R$ 700 mil. A Polícia acredita que o esquema organizava licitações fraudulentas no órgão público em diversos setores, desde a organização de eventos públicos a aquisição de equipamentos de informática.
Participaram da operação, cerca de 40 policiais civis. De acordo com o delegado Ricardo Real, responsável pela ação policial, foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva, sendo seis em Porto Nacional e dois em Palmas. Entre os presos em Porto Nacional estão três vereadores e um parlamentar licenciado, além de um servidor da Câmara de Vereadores e um ex-servidor daquela casa legislativa, responsável pelo esquema fraudulento de licitações.
Em Palmas foram presos um empresário e um ex-vereador de Porto Nacional. Um mandado de prisão preventiva ainda encontra-se aberto. “Nós estabelecemos o ano de 2013 para começarmos as investigações porque as empresas comandadas pelo responsável pelo processo fraudulento foram instaladas naquele ano. Então por isso tomamos este marco como base”, afirmou o delegado Ricardo Real, acrescentando que com o andamento das averiguações, anos anteriores às investigações também poderão ser adicionados ao inquérito policial.
Poker Face
No último dia 17 de dezembro, a Polícia Civil do Tocantins realizou uma etapa da Operação Catarse, batizada de “Negócio de Família”, uma vez que os envolvidos, um casal, demais familiares e amigo são suspeitos de montar empresas para concorrer em processo licitatório na sede do poder legislativo daquele município. Foram realizadas buscas na Câmara de Vereadores de Porto Nacional e nas empresas e escritórios dos suspeitos.