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Polí­cia

Estatísticas da Secretaria de Segurança Pública (SSP) demonstram que no ano passado, somente até o mês de junho, 469 pessoas foram assassinadas no Tocantins. Já em todo o ano de 2017, 958 homicídios foram registrados. A maioria dos casos ocorreu em Palmas (224), seguido de Araguaína (169) e Gurupi (116). Conforme o Sindicato dos Peritos Oficiais do Estado do Tocantins (Sindiperito), a maioria desses crimes está relacionada ao tráfico de drogas, seguido por disputas entre facções rivais, violência doméstica, crimes passionais e feminicídios.

O aumento da criminalidade no Tocantins preocupa e o trabalho dos profissionais da perícia é fundamental no combate ao crime, já que, somente com uma análise pormenorizada das evidências é possível chegar aos culpados, puni-los e coibir que novos casos ocorram.

De acordo com o vice-presidente do Sindiperito, Silvio Jaca, as perícias realizadas pelos profissionais apontam que quase todos esses casos foram praticados com arma de fogo ou arma branca (faca). Ele ainda destaca que o trabalho para identificar a causa dos crimes é minucioso e o levantamento pode durar entre 1 hora até um dia inteiro. “Não temos como precisar um tempo exato para realizar essas perícias cada caso é diferente. A elaboração do laudo pericial, que é feito somente depois do levantamento de local de crime, pode demorar de 20 horas até vários dias dependendo da complexidade, então é incerto”, observa.

Porém, o perito menciona que todas essas ocorrências foram periciadas por um setor que conta com profissionais especializados que fazem toda a análise dos vestígios com o objetivo de agilizar a entrega dos laudos. “No local a perícia faz todo levantamento com tomadas de medidas, registro fotográfico, descrições, localização no espaço, busca de vestígios, indícios e evidências que porventura existam no lugar, que tenham relação com o fato”, relata.

Após o exame, o representante da perícia diz que é efetuada a confecção do laudo pericial, que oferece a materialização do crime. “Essa é uma peça fundamental para auxiliar a justiça na persecução penal no processo judicial. Isso para que a sociedade tenha o mais rápido possível as respostas sobre determinado crime e que vai oferecer suporte ás investigações e dar aos envolvidos um julgamento mais justo e com mais evidências para fortalecer a convicção do juiz”, finaliza.