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A valorização da diversidade cultural e as tradições das comunidades indígenas são o foco do projeto Mitos Indígenas em Travessia, que a partir desta quinta-feira (21/3) dá início a uma imersão na cultura de diferentes etnias em três estados: Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Com o apoio cultural do Grupo Energisa, o projeto da Zureta Filmes, de São Paulo, vai coletar e produzir em conjunto com jovens moradores das aldeias um filme (média-metragem) em capítulos sobre os mitos indígenas.

Nesta semana, a equipe da Zureta Filmes dá início ao projeto com a visita à aldeia São João, etnia Javaé, que está localizada no Parque Nacional do Araguaia, na Ilha do Bananal, em Tocantins. De lá, seguem para o Parque do Xingu, aldeia Afukuri, etnia Kuikuro, no Mato Grosso, e aldeia São João, etnia Kadiwéu, no Mato Grosso do Sul. 

Nas aldeias visitadas serão formados grupos de 15 jovens do local que participarão de uma convivência para a troca de informações e conhecimentos. Entre os conteúdos que serão abordados por parte da equipe da Zureta Filmes estão a construção de narrativas para o audiovisual com base no tema dos mitos locais, além de conhecimentos técnicos de captação de imagem e som e ilustração. A partir de então, todas as ações seguintes serão realizadas em conjunto pelos jovens e a equipe da produtora de filmes.

“O projeto promove vivências que enriquecem nossa troca cultural, tanto do ponto de vista das comunidades indígenas, onde os jovens terão acesso aos meios e conteúdos da produção audiovisual, quanto para a sociedade em geral que será presenteada com os filmes que resultarão dessa troca de experiências”, pontua Mônica Perez Botelho, presidente da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, instituição mantida pelo Grupo Energisa.

O material colhido nas aldeias seguirá para a produtora em São Paulo para ser editado, animado e sonorizado. O filme incorporará animações que se sobrepõem às imagens captadas nas aldeias, construindo assim uma nova narrativa animada. O projeto contará ainda com uma plataforma digital e um canal no YouTube, onde o filme poderá ser visto e compartilhado gratuitamente.

No segundo semestre de 2019, o projeto retorna às aldeias para apresentar às comunidades o resultado e, logo em seguida, com o público em geral.  A diretora Julia Vellutini reforça a importância da parceria com a Energisa nesta iniciativa. “Se não fosse o apoio de empresas como a Energisa, parte da história remanescente desses povos que compõem a matriz da identidade étnica e cultural brasileira aos poucos poderia se perder. Este projeto tem como objetivo não apenas captar as imagens e divulgá-las ao público, mas também pretende ser uma parte importante no resgate de tradições, vivências e falares indígenas tão importantes para a preservação cultural”, completa Julia.  

O público poderá acompanhar o projeto pelas redes sociais: Facebook/@mitosindigenasemtravessia e Instagram/@mitosindigenasemtravessia. Durante o trajeto e a imersão nas aldeias, o grupo postará seu diário de viagem em fotos, vídeos e textos.