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Polí­tica

Foto: Divulgação

A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) homenageou nesta terça-feira (26) duas mulheres que marcaram a história e a cultura do Tocantins através do seu trabalho. Foram indicadas pela parlamentar para receber o Diploma Bertha Lutz, Tia Naninha, que mantém acessa a tradição do centenário biscoito Amor Perfeito, e a missionária Margarida Lemos, falecida em 2012, cuja trajetória se confunde com a história da educação no Tocantins. 

É em Natividade, cidade histórica do Tocantins, que os tradicionais biscoitos Amor Perfeito são produzidos. Com 14 funcionários, Ana Benedita de Cerqueira e Silva, a Tia Naninha, e seu esposo, produzem o tradicional biscoito seguindo a receita que ela aprendeu com sua mãe, há mais de 100 anos. Para Kátia, Naninha dá exemplo de empreendedorismo. 

“Tia Naninha carregou muita lata d’água na cabeça para produzir os biscoitos, pois na cidade de Natividade, naquela época, não tinha água. E assim, com a ajuda do esposo, criou todos os seus filhos. Naninha foi uma empreendedora quando naquele tempo ninguém sabia o significado dessa palavra. Ela pegou a receita do biscoito fabricado pela mãe e montou uma fábrica artesanal no fundo de sua casa. É um exemplo para os micro e pequenos empreendedores de todo nosso País”, destacou.

A missionária Margarida Lemos Gonçalves, que teve uma vida dedicada à educação, em especial no Tocantins, foi representada por Rosana Brelaz Batista, que é voluntária no Colégio Estadual Batista Professora Beatriz Rodrigues da Silva, de Tocantínia, onde margarida foi diretora. Margarida também atuou em Lajeado e em Palmas, onde ajudou na implantação da Primeira Igreja Batista, foi professora e primeira diretora do Colégio Batista de Palmas.  

Rosana lembrou o carinho que Margarida, natural do Espírito Santo, tinha pelo Tocantins e como acreditava em uma educação diferenciada, onde a “palmatória” não tinha vez. Ela também ressaltou o quanto Margarida sentia-se tocantinense, desde a primeira vez em que esteve em Tocantínia, na época Norte de Goiás. “Sou tocantinense desde o momento quando numa noite escura de novembro, de 1948, coloquei meus pés no solo norte goiano para ficar”. 

O diploma Bertha Lutz, também conhecido como Prêmio Bertha Lutz, foi instituído pelo Senado para agraciar mulheres que tenham oferecido relevante contribuição na defesa dos direitos da mulher e questões do gênero no Brasil. Homenageia a bióloga brasileira e líder feminista Bertha Lutz.

Foi instituído pela Resolução nº 2/2001 [1], com base em Projeto de Resolução de 1998 apresentado pela Senadora Emília Fernandes. É conferido, anualmente, em sessão do Senado Federal especialmente convocada para esse fim a realizar-se durante as atividades do Dia Internacional da Mulher - 8 de março - e agracia mulheres de diferentes áreas de atuação.