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Cultura

Foto: Divulgação

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Será lançado nesta terça-feira, 9, às 19 horas no Palmas Shopping, na capital tocantinense, o livro de poemas Palmacética (Soul Editora), do autor Thiago Ramos de França. O evento consistirá em um sarau com a música e a poesia contidas ou sugeridas no livro.

O livro de estreia do tocantinense Thiago Ramos terá dois eventos de lançamento em Palmas, já que,  na sexta-feira (12), o autor participa na Livraria Leitura do Capim Dourado Shopping, de uma roda de debate a partir das 19 horas, para refletir questões sociais, históricas e políticas que situam-se para além do livro.

No Palmas Shopping, o sarau será realizado no piso superior com a participação dos músicos Mário Xará, Heitor Oliveira, Bruno Barreto e Leonardo Perotto. “Iremos executar alguns dos temas instrumentais sugeridos no livro, uma ou outra paródia e proporcionar uma base sonora para a leitura e declamação de poemas pelo próprio autor”, diz Heitor.

“Momento basicamente de festa e celebração pelo livro pronto e materializado, esse sarau aberto e despojado, será marcante para a minha memória afetiva com a cidade e seus espaços. Mesmo pra quem já tenha um exemplar ou pra quem não tenha ainda condições de adquirir o seu, sugiro que vá, pois será bastante especial”, relata Thiago.

No Capim Dourado Shopping, na sexta, o evento contará com a presença do filósofo Thiago Darin e do escritor, poeta e ensaísta Erre Amaral. “Quando convidei o meu xará, Thiago, e o professor Erre Amaral para compor uma mesa redonda comigo, a intenção não foi a de que eles enalteçam o livro, mas sim, que dialoguem sobre os temas presentes na obra e elevem o nível do debate. Tenho certeza de que será uma discussão muito rica”, acrescenta o autor.

Segundo o autor, o livro faz alusão às experiências vividas por Thiago desde os tempos de universidade, entre 2002 e 2011, quando cursou Jornalismo na Universidade Federal do Tocantins (UFT).

A obra traz reflexões e memórias sobre a cidade, visões de amigos, moradores, cultura local, além de questões sociais, políticas, históricas e institucionais, quase sempre com ironia e humor. O próprio título é uma crítica à ideia de que certas modernidades foram alcançadas pela sociedade tocantinense. “Palmacética é um neologismo, uma junção de ‘Palmas’ mais ‘cética’. O que não se trata do ceticismo da cidade e sim do eu-lírico. Meu ceticismo reside na ideia de que alcançamos o século XXI em avanços sociais. Na verdade ainda estamos lá no século XVIII. Por isso o design de Palmacética ser livremente inspirado em livros editados nesse período, que é uma forma de demarcar visualmente nossos atrasos”, complementa.

Organização

O livro está dividido em capítulos. “Primavera”, “Verão”, “Outono”, “Inferno” e “Paraíso”, em que cada um possui textos e proposições bem distintas. “Quando fui digitar o conteúdo do livro percebi que havia textos que não ficavam muito bem lado a lado, que destoavam enormemente em tom e temática. Precisei separá-los em blocos, mas notei que havia uma sequência implícita entre eles. No fim das contas, mesmo tendo sido feitos aleatoriamente e em anos distintos, é como se todos os textos formassem uma única história. Promovendo uma espécie de romance de miudezas ou uma epopeia de fragmentos”, conta.

Outras Linguagens

Palmacética flerta com demais linguagens artísticas, como os quadrinhos, a música e o audiovisual. O livro físico extrapola para outras mídias e espaços, com desdobramentos na internet (através de QR Codes) e também em futuras intervenções urbanas na cidade de Palmas, em alguns dos locais retratados nos poemas. “O livro cabe e não cabe em si. Valem as duas possibilidades. Tem muitas outras surpresas, mas não pretendo estragá-las contando agora. É melhor adquirir o livro e conferir”, finaliza o autor.