O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ajuizou, no último dia 15, denúncia criminal contra 11 pessoas, integrantes de uma organização criminosa que praticava fraudes pela internet.
Segundo a denúncia, eles criavam sites falsos, que espelhavam lojas virtuais conhecidas, e anunciavam produtos com preços muito abaixo do valor de mercado. A partir da simulação das vendas, capturavam dados de cartões de crédito, que eram utilizados em outras operações fraudulentas; e geravam boletos que direcionavam o valor pago para a conta bancária de um dos integrantes ou para a quitação de dívidas de terceiros.
Como exemplo, uma televisão com valor original superior a R$ 3 mil era oferecida nos sites falsos da organização criminosa por R$ 898,90; e um celular de R$ 1.331,78 era anunciado por R$ 589,00.
Segundo foi investigado, os integrantes da organização criminosa residem nas cidades de Itaguatins e Palmas e utilizavam um hotel da capital como “escritório” para suas reuniões. A partir do acesso à internet disponibilizado pelo estabelecimento, o grupo praticava as operações fraudulentas, dificultando a possibilidade de serem rastreados.
Eles se hospedaram no mesmo hotel da capital pelo menos 18 vezes, entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018, quando foram presos em uma operação da Polícia Federal. As diárias eram sempre pagam com cartões de crédito de terceiros, em reservas efetuadas pelo site do estabelecimento.
Os membros da organização possuem pouca instrução escolar e declararam ganhos formais nulos ou muito baixos. Porém, as fraudes lhes proporcionavam adquirir bens de consumo como celulares de ponta, relógios de marca, computadores e veículos seminovos, além de poderem usufruir de uma vida social ativa.
Foram denunciados pelo Gaeco: Paulo Ricardo Brito Silva, suposto líder da organização criminosa, e os integrantes Adriano Dias da Silva, Antônio Rafael Carvalho de Sousa, Brenda Allana da Silva, Cristiano dos Santos, Dominik Moskowis dos Santos Saraiva, Felipe Almeida de Sousa, Glerson da Conceição Silva, Jany Pons Rodrigues, Jorge Fernando Farias da Silva e Wilkner Alves de Oliveira.
Entre outros crimes, eles são acusados de formação de organização criminosa e estelionato. Dois dos denunciados responderão também por lavagem de dinheiro.
As investigações que fundamentam a denúncia foram realizadas pela Polícia Federal.