O I Fórum de Sexualidade em Saúde começa nesta quarta, 12, e segue até sexta, 14, com o objetivo de sensibilizar os profissionais e acadêmicos da área da saúde para a abordagem da sexualidade dos pacientes e o adequado manejo das Infecções Sexualmente Transmissíveis e da violência sexual. O Fórum acontece no Centro Universitário Integrado de Ciência, Cultura e Arte da Universidade Federal do Tocantins (Cuica/UFT).
O evento é voltado para os profissionais da Rede de Atenção à Saúde de Palmas, incluindo residentes e estagiários, e acadêmicos da área da saúde das faculdades particulares e públicas.
A psicóloga do Grupo Condutor de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde, Cristina Vasconcelos, fala da importância de se debater o tema que é um processo natural, presente no indivíduo desde o nascimento até a velhice e é uma função vital do ser humano, entretanto, continua sendo um tabu, com números alarmantes e consequências irreversíveis.
Dados da Semus mostram que em Palmas, no ano de 2018, foram diagnosticados 376 casos de sífilis adquirida, 194 casos de sífilis em gestantes, 51 de sífilis congênita, 70 novos casos de hepatites, 96 casos de condiloma acuminado e 195 novos diagnósticos de HIV, sendo 20 em gestantes.
“Daí a necessidade de sensibilizar os profissionais da rede quanto à importância de realizar a abordagem da sexualidade de seus pacientes, independente da idade, gênero, orientação sexual e crenças, com o objetivo de quebra de cadeia de transmissão, diagnóstico precoce, tratamento oportuno e redução da incidência das Infecções Sexualmente Transmissíveis no município”, destaca a psicóloga Cristina Vasconcelos.
O Fórum foi idealizado por residentes do programa de Residência em Saúde Coletiva ofertado pela Fundação Escola de Saúde Pública (Fesp), que tiveram respaldo da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e professores.
Confira a programação
Dia 12 (quarta)
- 8 horas – Credenciamento;
- 9 horas - Abertura: com Infectologista Marcos Vinícius (Dr. Maravilha) para sensibilização da abordagem da sexualidade;
- 10 horas - Mesa Redonda: Ciclos de vida e Sexualidade com a médica ginecologista e sexóloga Ana Virgínia sobre Sexualidade em Adultos e Gestantes; a Enfermeira Dra. Daniella Pires Nunes (UFT), especialista em Saúde do Idoso; e a enfermeira e sexóloga Sâmia Chabo (SES), especialista em sexualidade dos adolescentes. Mediado pela Dra Mirian Almeida (UFT);
- 11 horas - Debate
- 14 horas - Roda de Conversa: Abordagem sobre manejo com população LGBTI+ com o médico Alexandre Janotti e representante da população LGBTI+;
- 14h30 - Debate
- 15 horas - Perfil epidemiológico: Apresentação do perfil epidemiológico das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e de violência sexual em Palmas pelo mestre e biomédico Rafael Brustulin e psicóloga especialista em Saúde Coletiva, Isabela Monticeli;
- 17 horas - Palestra: O atendimento à pessoa vítima de violência sexual na Rede de Atenção à Saúde de Palmas com representante do Serviço de Atendimento à Violência Sexual;
- 17h30 - Debate.
Dia 13 (quinta)
- 8 horas - Mesa Redonda: A realidade da prática profissional e do serviço de saúde frente às informações sobre sexualidade e ao perfil epidemiológico mediado pela enfermeira Luciana Noleto (Semus);
- Temáticas: Realização de Teste Rápido na Rede de Saúde de Palmas (Assistente Social responsável pelo manejo de TR, Ieda Nogueira); Descentralização do Cuidado da Pessoa Vivendo com HIV/Aids (Médico especialista em doenças tropicais do Henfil, Alexandre Janotti); Odontologia frente às ISTs (Cirurgiã dentista especialista em saúde da família e residente de saúde coletiva, Ana Paula Barbosa);
- 10 horas - Roda de conversa: Sexualidade e o enfrentamento das ISTs na sociedade mediado pela psicóloga Virgínia Fragoso (Semus);
- Temáticas: O papel do Nasf no atendimento da sexualidade do paciente e no enfrentamento das IST e violência sexual (Giuliano do NASF); A abordagem da sexualidade no âmbito escolar (representante da Secretaria Municipal de Educação); A justiça como apoio às vítimas de violência e da realização das políticas públicas (Advogado e especialista em Gestão Pública Marcus Senna);
- 14 horas - Workshop com Agentes Comunitários de Saúde: Como trabalhar a sexualidade e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) na comunidade - O papel do Agente Comunitário de Saúde, mediado pelas especialistas em Saúde Coletiva enfermeira Carolina Freitas e psicóloga Cristina Vasconcelos e pela Dra. Mirian Almeida (UFT).
Dia 14 (sexta)
8 às 12 horas - Atividade em pequenos grupos: Discussão e construção de propostas.
Grupos:
- As dificuldades da intersetorialidade da sexualidade (saúde, educação e jurídico);
- O cenário epidemiológico das ISTs e da violência sexual e medidas de combate;
- A formação do profissional de saúde para abordagem da sexualidade;
- Comportamento de risco e prevenção combinada;
- 14 horas - Debate: Discussão sobre as propostas e escolha das prioritárias para compor o plano de enfrentamento das ISTs. Mediação: Enfa. Dra. Daniela Rosa (UFT);
- 17 horas - Encerramento.