A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada na Repressão ao Narcotráfico (DENARC), em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público Estadual, e com o Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) da Secretaria da Segurança, deflagrou na manhã desta terça-feira, 18, em Miranorte/TO, a 107 km da capital Palmas, a Operação Napalm, visando eliminar uma plantação de aproximadamente 10 mil pés de maconha.
Segundo o delegado Emerson Francisco de Moura, titular da Denarc, as investigações tiveram início por meio de denúncia anônima de que o município de Palmas estaria sendo abastecido de maconha não como rotineiramente de Brasília/DF e Goiânia/GO, mas, sim, do próprio Estado, mais precisamente na cidade de Miranorte, região Central do Estado. “A partir dessa denúncia, os agentes iniciaram as investigações e buscaram localização a área onde a droga estaria sendo cultivada. Com isso, chegamos a essa lavoura localizada a aproximadamente 18 quilômetros do município de Miranorte”, ressaltou.
Durante a operação, os policiais encontraram mudas, vegetação colhida e em processo de maturação, insumos e sementes. Para irrigar a plantação, o manejo era realizado por meio de encanamentos, cuja captação da água se dava mediante um córrego que atravessa a propriedade. A Perícia Criminal esteve no local e identificou cerca de 10 mil pés de maconha. De acordo com a Denarc, o material foi incinerado ainda no local.
Herança
Segundo o delegado, a propriedade onde a droga estaria sendo cultivada é resultado de uma herança familiar. As investigações apontaram que o suspeito é também proprietário da área, que chegou inclusive a se desentender com demais familiares no intuito de esconder a atividade criminosa. “Até o momento, temos informação de que apenas ele cultivava a maconha. Entretanto, temos a informação de que outras pessoas também trabalhavam com ele, mas apenas na parte da entrega do produto, já processado para a comercialização”, afirmou. Ainda segundo o delegado, as investigações terão seguimento para identificar mais pessoas que provavelmente estejam envolvidas na comercialização da droga.
Segundo o Ministério Público do Tocantins as investigações tiveram início há cerca de 20 dias, por meio do serviço de inteligência do órgão. Além do dono da plantação, foram presos dois homens que supostamente traficavam a droga. (Atualizada às 19 h com informações do MPE e SSP)