De acordo com o Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos (Nemet/RH), da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), o período de estiagem (sem chuva) no Tocantins deve seguir até a segunda quinzena de outubro. “Evidente, que as chuvas tradicionais do pequi e do caju são esperadas, em geral, no mês de setembro”, destaca o meteorologista José Luis Cabral.
O Nemet/RH informa também que a climatologia aponta que o mês de agosto terá mais de 22 dias com temperaturas acima dos 35 graus. “Entretanto, o mês de setembro é onde se concentra as maiores temperaturas”, afirma José Luis Cabral.
Sobre a umidade relativa do ar, o meteorologista do Nemet/RH ressalta que ela está baixa devido a uma grande massa de ar quente e seca que continua bloqueando a entrada de umidade no Brasil Central, sobretudo no Tocantins.
De acordo com o meteorologista José Luis Cabral, todos os municípios do Estado devem passar por esse período de estiagem, porém os que mais são atingidos são os da região sudeste do Tocantins já que eles possuem menores índices de chuvas durante o ano. “Há de considerar também que estamos pelo quinto ano consecutivo fechando um período chuvoso com déficit hídrico”, informa.
Ventos em Palmas ultrapassam 70 km/h
Fortes ventos marcam os meses de agosto e setembro em Palmas (Foto: Nonato Silva)Palmas amanheceu nesta última terça-feira, 6, com uma nuvem de poeira e ventos fortes. A ventania começou a ficar mais forte ainda durante a madrugada e durante a manhã os ventos ultrapassaram os 73,44 km/h, segundo o Nemet/RH.
Os ventos estão sendo intensificados por ventos advindos da costa brasileira e vêm em altitude interagindo com as condições topográficas do local. “Aqui em Palmas temos uma condição topográfica que favorece a intensificação dessas rajadas de vento. Temos uma região de vale, com as Serras Gerais e Serra do Estrondo”, explica o meteorologista José Luis Cabral.
Segundo o Nemet/RH, agosto e setembro são os meses em que as rajadas de vento são mais recorrentes. “Fato é que enquanto o sistema que favorece esta massa de ar quente e seca estiver atuando deveremos ter estas rajadas”, conclui o meteorologista José Luis Cabral.