Nesse final de semana, a capital Palmas será palco da terceira edição do Festival de Danças Árabes do Tocantins (FEDATO), que nesse ano terá a presença da bailarina Ju Marconato, o principal nome da dança do ventre em todo o Brasil. O evento segue até domingo, com um workshop ministrado pela convidada especial.
O festival começa no sábado, 12, com o espetáculo O Sagrado Feminino, que reúne referências do livro homônimo escrito por Ju Marconato. A apresentação é uma produção da bailarina e professora Cicilya Custódio, desenvolvido em conjunto com as alunas do Espaço Cicylia Custodio, escola de dança sediada na 110 Norte.
Cada momento do espetáculo será representado por um capítulo da obra literária, mostrando que através da dança existem possibilidades de cura sobre vários problemas na vida das pessoas, especialmente das mulheres.
Já no domingo, 13, o workshop O Poder Feminino será ministrado pela própria Ju Marconato, a partir das 15 horas no teatro do Memorial Coluna Prestes, na Praça dos Girassóis. As vagas também são limitadas.
Terapêutico
Com passagem por diversos países, como México, Peru e Egito, a bailarina tem agenda lotada e percorre o país levando não só a arte, mas também o poder terapêutico que existe na dança do ventre.
Em entrevista, Ju conta que a dança tem o potencial de trabalhar um contato profundo da mulher com o próprio corpo, possibilitando autoconhecimento e redescoberta.
“Empoderamento nesse caso é sobre as próprias emoções, conhecendo melhor a si mesma a mulher tem controle sobre a própria vida. A pessoa torna-se capaz de coordenar suas relações. A mulher passa a escolher e não apenas a ser apenas escolhida.”
Com 25 anos de experiencia no ramo, Ju Marconato contou que no workshop será feito um trabalho com dança e meditações. “Não iremos deixar de abordar a sensualidade e o movimento, mas esse não é o ponto primordial. O ponto principal é como a mulher se sente em relação a si mesma”.
Acessível
Contrário do que muitas pessoas pensam, a dança do ventre é uma das mais acessíveis para o público entre as demais. De acordo com a bailarina, não existe tipo físico nem idade para se praticar.
“Claro que há um respeito aos níveis de articulação, mas isso é bem aberto, desde de que praticada de uma forma leve e saudável, respeitando a condição de cada pessoa”.
Brasileiras
Outra curiosidade no mundo das danças árabes é o alto nível que as brasileiras representam dentro do cenário internacional. Atualmente, muitas bailarinas são exportadas para outros países, tendo grande posição de destaque em espetáculos afora.
“Somos versáteis e muito charmosas, pois a brasileira é adaptável e tudo isso é nada mais que uma ginga particular que temos de trabalhar com a própria dança”, comentou Ju Marconato.
Fedato
O Fedato é produzido e dirigido pela professora e coreógrafa Cicilya Custódio, bailarina residente em Palmas e detentora do maior canal no Youtube de dança do ventre em todo o Brasil, atualmente com mais de 90 mil inscritos.
Desde então, o Fedato foi responsável por trazer vários profissionais de renome para o Tocantins. Na última edição, em outubro de 2017, o evento contou com o bailarino Blaissom Farid, a percussionista Bety Vinil e o bailarino folclórico Nasser Mohamad.