Empreender no universo digital vai além de atender às demandas locais. Em Palmas, esse ainda é um mercado restrito, mas por não se limitar a um espaço geográfico, a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) trabalha a temática nas disciplinas do Novo Ensino Nédio, no curso técnico em Programação de Jogos Digitais do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), nos clubes programação de apps, robótica e jogos digitais.
Entre as unidades de ensino com clubes estão: a Escola Estadual Vale do Sol, com o clube de programação de apps e robótica, e a disciplina de Cultura Digital, no Novo Ensino Médio; a Escola Estadual Professora Elizângela Glória Cardoso, com o clube de programação de jogos e o clube de robótica; o Centro de Ensino Médio de Taquaralto, com o clube de robótica; a Escola Estadual Frederico Jose Pedreira Neto, com os clubes de astronomia e o clube de programação de jogos digitais.
Também é ofertado o curso técnico em Programação de Jogos Digitais do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, que atualmente conta com três turmas em fase de conclusão do curso, conforme explicou o professor Alexandre Henrique Kavalerski Teixeira. “Além do conhecimento técnico, o curso ajuda os estudantes a perceberem o mercado em que podem atuar, seja como designer, modelador 3D ou programador. São jovens com grande potencial, que já começam a explorar o mercado”, apontou.
No curso do Pronatec, também é ofertada a disciplina de empreendedorismo, que ajuda os estudantes a se conscientizar dos espaços que podem ocupar no mercado de trabalho. “Hoje, já temos grupos de alunos participando de uma maratona [de uma corporação transnacional sul-coreana] e assim eles vão conhecendo o mercado. Também ajudamos para que eles possam comercializar seus produtos por conta própria”, ressaltou.
Empreendedorismo
Orientados pelas competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em especial a de Cultura Digital, de acordo com o gerente de Tecnologias e Mídias Educacionais, Erick Henrique Silva Goes, os clubes são o primeiro passo dos estudantes para desenvolverem startups. “O projeto que tem potencial de se tornar um produto, nós temos parceiros para dar formação complementar na área de elaboração de projetos, plano de negócios e capitação de recursos. Com isso, viabilizamos a criação de protótipos, participação em eventos como feiras tecnológicas e de empreendedorismo”, destacou.
O estudante Rubens Eduardo Freitas Saraiva, do 3º ano da Escola Estadual Professora Elizângela Glória Cardoso, preside os dois clubes da unidade de ensino. Aos 18 anos, ele criou a sua própria empresa de segurança de informação, que trabalha com projetos de sistemas empresariais. “Sempre tive muito interesse pela área de jogos e robótica, e a escola me ajudou a criar esse olhar de ter um projeto de vida e de fazer algo que eu goste e que posse me dar retorno”, explicou.
Orgulhoso, ele destaca algumas atividades que os clubes já tiveram a oportunidade de participar. “Tivemos inscrições na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Com as equipes de competição de jogos, nós participamos da Game Jam Plus, e conquistamos o quinto lugar entre os competidores de todos os continentes. É uma maneira que a gente tem de mostrar o trabalho que estamos desenvolvendo”, comemorou.