Seis ouros, três pratas e três bronzes foi o saldo de medalhas do Tocantins nesta última quinta-feira, 21, segundo dia de competições das Paralimpíadas Escolares 2019. Com esse resultado, o Estado já contabiliza 28 pódios, a melhor campanha da história tocantinense no maior evento do mundo para pessoas com deficiência, em idade escolar. No quadro de medalhas do Atletismo, o Tocantins está na 9ª posição.
“Nossos alunos estão superando as expectativas, as limitações e as marcas dos Jogos Paradesportivos Escolares do Tocantins (Parajets). Eles treinaram intensamente nesses últimos três meses, em suas escolas, para atingir uma melhor preparação física e o resultado está sendo visto com muitas medalhas para o Estado”, frisou a chefe da delegação, Márcia Rezende.
As provas terminam na sexta-feira, 22, e o Tocantins ainda vai disputar nas modalidades de atletismo, tênis de mesa e natação. Nesta edição, são 21 paratletas do Tocantins: 16 alunos de escolas estaduais, quatro de Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) e um de escola municipal.
Quem são os medalhistas
Os medalhistas do segundo dia de provas foram: Maria de Lourdes Coelho, ouro na prova dos 150 metros. Ela tem deficiência física e auditiva, é estreante nas Paralimpíadas e estuda na Escola Estadual Modelo, de Araguaína. Flaymesson Cortêz levou mais um ouro no atletismo e no arremesso de peso. O jovem atleta deficiente físico cursa o 2º ano do ensino médio na Escola Estadual Piaçava, localizada no distrito com o mesmo nome, no município de Nazaré.
Ana Stela, da Escola Estadual Abílio Wolney, de Dianópolis, foi ouro no lançamento de disco: o segundo ouro dela nas Paralimpíadas 2019. Luís Fernando Pereira faturou mais um ouro, no arremesso de peso. Ele é deficiente físico e intelectual e estuda na Escola Estadual Maria dos Reis, em Palmas.
Hentony Santos é deficiente físico e aluno da Escola Estadual Machado de Assis, de Araguanã. Depois de ter ganhado a prata na quarta-feira, ele levou mais duas medalhas: ouro no arremesso de peso e prata na corrida de 150 metros. Quem também subiu ao pódio duas vezes na quinta-feira foi Alefsander da Silva, deficiente visual e estudante do Colégio Tocantins de Miracema. Ele garantiu o ouro no arremesso de peso e bronze nos 150 metros com o guia Víctor Cabral.
Kauany da Silva, deficiente visual, e o guia Denilson do Nascimento, ambos da Escola Estadual São Pedro, de Araguanã, foram prata nos 250 metros. Esta é a terceira medalha da dupla nesta edição dos jogos. Alan César, da Apae de Miranorte, medalhou mais uma vez e levou a prata no arremesso de peso na categoria nanismo. Ainda na quinta-feira, Vitória Araújo conquistou o bronze nos 150 metros. A aluna da Apae de Araguaína é deficiente intelectual.
Na Natação, Maria Eduarda Araújo foi prata nos 100 metros livres. A estudante do Colégio Estadual Frederico Pedreira, de Palmas, é a primeira tocantinense com Síndrome de Down nas Paralimpíadas. Dhiaconys Oliveira também fez bonito na piscina e faturou o bronze no nado borboleta. Aluno do Centro de Ensino Médio de Taquaralto, ele é deficiente intelectual e estreante no evento.
Paralimpíadas
As Paralimpíadas Escolares são realizadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e têm como objetivo estimular a participação dos estudantes com deficiência física, visual e intelectual em atividades esportivas. Criada em 2009, o evento já revelou grandes paratletas profissionais como o velocista Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100m; o nadador Talisson Glock, prata no Rio 2016; e a mesa-tenista Bruna Alexandre, bronze no Rio 2016.