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Polí­cia

A Polícia Civil do Estado do Tocantins, por meio da 27ª Delegacia de Polícia Civil de Araguaína, concluiu, nesta segunda-feira, 2, as investigações referentes à prática de crime de estelionato praticado contra um idoso de 68 anos de idade, perpetrado por uma mulher de iniciais L.N.C.G., de 35 anos.

Segundo o apurado, a vítima, um idoso de 68 anos, recebeu a ajuda de L.N.C.G. que é proprietária de uma financeira localizada no centro de Araguaína, para que esta o ajudasse a sacar o seu benefício previdenciário, tendo em vista ser analfabeto, momento em que a mulher aproveitou-se da condição de vulnerabilidade da vítima para realizar um empréstimo no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) sem a sua autorização e conhecimento, tendo a vítima percebido o golpe meses depois, quando observou que o valor de sua aposentadoria estava abaixo do comumente recebido mensalmente.

A vítima procurou a suspeita tendo ela admitido ter realizado o referido empréstimo sem a sua autorização, inclusive confessado o fato através de uma declaração firmada em cartório assinada pela suspeita de estelionato, em que confessa ter realizado o referido empréstimo sem o conhecimento do idoso. O delegado Luis Gonzaga da Silva Neto, Titular da 27ª Delegacia de Polícia de Araguaína, concluiu o inquérito policial, sendo L.N.C.G. indiciada pela prática, em tese, do crime de estelionato majorado (contra idoso), cuja pena total poderá chegar ao patamar de 07 anos de prisão. O caso foi encaminhado ao Poder Judiciário para as medidas cabíveis.

Denúncias

Essa não é primeira vez que L.N.C.G é denunciada por estelionato. No dia 9 de agosto deste ano foi deflagrada a “Operação Stellio”, em que foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão contra ela, que é proprietária de uma financeira localizada no centro de Araguaína. Ao todo, ela é investigada em 12 inquéritos pela suspeita da prática de centenas de estelionatos contra diversas vítimas, sendo em sua grande maioria pessoas idosas que não sabem ler ou escrever.

Os mandados foram cumpridos na residência da empresária onde fora encontrada uma arma de fogo tipo revólver e munições pertencentes ao seu marido que fora preso em flagrante como incurso no crime de posse ilegal de arma de fogo. Já o outro mandado, foi cumprido no estabelecimento da mulher, onde foram apreendidos diversos computadores, celulares e documentos.

O delegado Luís Gonzaga da Silva Neto representou pela prisão preventiva da empresária e outras medidas cautelares, tendo a justiça negado a prisão, mas deferido os outros pedidos realizados pelo delegado: 1) Comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades; 2) Comparecimento em todos os atos do inquérito e processo; 3) Proibição de ausentar-se da comarca sem autorização judicial; 4) Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga às 22h; 5) Suspensão do exercício das atividades da empresária e da  mencionada empresa. Logo, a justiça deferiu a representação vindo a determinar a suspensão das atividades da empresa em tela.

 Segundo o já apurado, a empresária realizava empréstimos para as vítimas, e logo após, de posse das informações pessoais destas pessoas, realizava outros empréstimos sem a autorização daquelas, em que após o dinheiro ser creditado nas contas bancárias das vítimas, a empresária entrava em contato com estas, em que inventava uma história qualquer, havendo casos que uma vítima chegou a transferir os valores creditados em sua conta para a conta da empresária, acreditando na história contada pela suposta autora, vindo após a descobrir o golpe.

 Ainda, há outro caso em que a empresária teria acompanhado um idoso até o caixa eletrônico do banco, vindo a realizar empréstimos bancários e sacando o dinheiro em seguida, sem que o idoso percebesse, pois este acreditava que a empresária o estava ajudando a sacar o benefício da aposentadoria.

Várias destas vítimas procuraram a referida empresária com o fim de reaver o dinheiro, oportunidade em que a suspeita dava várias desculpas e prometia que devolveria os referidos valores o mais breve possível, mas nunca ocorria a referida devolução. As investigações estão em trâmite na 27ª Delegacia de Polícia, sob o comando do delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, que irá reunir os elementos probatórios cabíveis, vindo em seguida a concluir os citados inquéritos.

 Há indícios veementes de que outras pessoas possam ter sido vítimas da empresa e de sua proprietária, em que a Polícia Civil orienta que façam o respectivo boletim de ocorrência, devendo em seguida procurar a 27ª Delegacia de Polícia de Araguaína.