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Polí­tica

Foto: Divulgação

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A Prefeitura de Palmas determinou que a partir da próxima terça-feira, 14, produtos hortigranjeiros e in natura voltarão a ser comercializados em espaço único, na Feira Coberta da 304 Sul – Espaço Popular Mário Bezerra Cavalcante, ofertados por feirantes diferentes em dias alternados. O vereador Milton Neris (PDT) questionou a regulamentação e ressalta que a decisão demonstra uma segregação social, pois os feirantes e população da região de taquaralto e da região norte serão prejudicados.

De acordo com Neris a gestão demonstra claramente que não tem nenhum tipo de conhecimento comercial. “A Prefeita não entende o que é o comércio, e suas decisões pioram a situação dos cidadãos. Por exemplo, um feirante que está há décadas trabalhando na feira do Aureny I, vai ter o mesmo resultado se comercializar no centro? A população vai se deslocar no dia específico pra 304 Sul para adquirir os produtos?”, questionou o vereador.

Além disso, o parlamentar afirma que é necessário pensar no coletivo e editar medidas que beneficiem todo um público, sem distinção e preconceito. Neris sugeriu que todas as feiras podem ser reabertas, desde que as medidas de segurança sejam respeitadas. “A Prefeita não pode achar que na feira da 304 sul as pessoas cumprirão as regras e nas outras feiras não. Mais uma vez a população está sendo penalizada, por uma atitude de preconceito da Prefeita, em detrimento da falta de conhecimento sobre o funcionamento do comércio”, lamentou Neris.

Por fim, o vereador destacou que este Decreto prejudica tanto os feirantes como os consumidores, pois a população menos favorecida precisará se deslocar das extremidades da cidade para adquirir os produtos. “Nem todos os cidadãos dispõem de veículo próprio para transitar. Fazer uma pessoa se deslocar da região sul ou das Arnos, de ônibus, para comprar na feira do centro, não promove a inclusão da classe trabalhadora mais humilde”, explicou o vereador.

Além disso, defendeu que o problema precisa ser enfrentado de forma responsável, com ações efetivas. Discutir com a sociedade organizada, dialogar e mostrar os caminhos que precisam ser seguidos, bem como, mostrar as ações que estão sendo desenvolvidas na área da saúde, os equipamentos que estão sendo comprados, enfim, mostrar para a sociedade como está sendo conduzido o processo de enfrentamento ao coronavírus é fundamental.