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Economia

Foto: Divulgação

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Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o percentual de domicílios no Tocantins que utilizavam a internet subiu de 67,8% para 71,5%, de 2017 para 2018. O equipamento mais usado para navegar na rede foi o celular e a proporção de pessoas que tinham o aparelho aumentou de 75,8% para 76,2%. Por outro lado, houve queda no índice de domicílios com telefone fixo: de 12,2% para 9,7%, no período.

Esses são alguns dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quarta-feira, 29 de abril. O estudo apresenta informações coletadas no quarto trimestre de 2018 sobre o acesso da população brasileira à Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Sem internet

Apesar do aumento no acesso à internet nos domicílios tocantinenses, 28,5% ainda não fazia uso da rede, em 2018. Os três motivos que mais se destacaram para justificar a ausência foram: falta de interesse em acessar (34,1%), nenhum morador sabia usar a internet (23,2%) e serviço de acesso era caro (19,3%). Em outras 16,6% das residências os moradores disseram que não havia disponibilidade de rede na área do domicílio e 3,4% deram como justificativa o alto custo do equipamento eletrônico para conexão.

Pela primeira vez, a pesquisa incluiu dados sobre rendimentos médio e sua relação com os diferentes tipos de serviços. O que ficou perceptível foi que a renda das famílias impacta também no acesso às TICs. O rendimento médio per capita, por exemplo, daqueles em que havia utilização da internet (R$ 1.383) era quase o dobro do rendimento dos que não utilizavam a rede (R$ 813).

Meios de acesso

Dentre os equipamentos utilizados para navegar na rede, o celular se manteve na vanguarda em 2018, já próximo de alcançar a totalidade (99,1%) dos domicílios com acesso à internet no Tocantins, seguindo a tendência nacional. Em 2017, este percentual estava em 98,7%.

O microcomputador foi o segundo equipamento mais usado, e estava em 34,3% dos domicílios com internet, tendo, inclusive, reduzido esse percentual em comparação a 2017, que era de 37,5%. E o uso dos tablets diminuiu de 8,8% em 2017 para 7,6% em 2018.

Já o acesso à internet pela televisão aumentou, de 6,2% em 2017 para 12,4% em 2018. Embora ainda seja um percentual baixo de domicílios investindo nesse recurso, esse acelerado movimento de crescimento ocorreu em todas as regiões do País.

A renda também interfere no tipo de equipamento utilizado. Nos domicílios com uso de internet no tablet e televisão o rendimento médio per capita era, em geral, bem mais elevado: R$ 2.826 e R$ 2.450, respectivamente. Já nos domicílios que usavam o celular para acessar a internet, o valor era quase a metade (R$ 1.384).

Posse de celular

O percentual de pessoas que possuíam telefone móvel para uso pessoal na população de 10 anos ou mais de idade subiu ligeiramente, de 75,8%, em 2017, para 76,2%, em 2018. A proporção de tocantinenses que utilizavam o aparelho era maior entre aqueles com nível de instrução mais elevado, abrangendo apenas 58,9% das pessoas sem instrução e com fundamental incompleto e 98,3% das que tinham superior completo.

Entre os motivos alegados pelos entrevistados para não terem celular de uso pessoal, quatro se destacaram: alto custo do aparelho ou serviço (30%), costume de usar celular de outra pessoa (23,8%), falta de interesse (19,1%) e não sabiam usar (16,4%).

Sem telefone

Em 2018, não havia telefone fixo ou móvel em 6,1% dos lares tocantinenses. Esse resultado apresentou leve crescimento comparado a 2017, pois o percentual de residências sem o aparelho telefônico naquele ano era de 5,2%. Essa variação pode ser explicada pela queda no percentual dos domicílios com telefone fixo convencional (de 12,2% para 9,7%), bem como, dos domicílios com celular, de 94,4% para 93,5%.

Televisão

O percentual de domicílios em que havia televisão permaneceu praticamente estável: 92,6% (em 2017, eram 93%). A PNAD TIC mostra aumentou no número de domicílios com TV com conversor (integrado ou adaptado) para receber o sinal digital de televisão aberta. Em 2018, eles contabilizavam 68,8% e em 2017, 63,4%. Porém, esse foi o segundo menor índice entre todas as Unidades da Federação.

Diferente do cenário nacional, o percentual de domicílios no Tocantins com TV por assinatura cresceu, passando de 13,2% em 2017, para 15,4% em 2018. Entre os motivos informados para não adquirir o serviço, 52% não tinham interesse e 44,8% consideravam-no caro.