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Estado

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, deu início nesta segunda-feira, 4, em todos os estados à coleta por telefone da PNAD Covid, uma versão especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. No Tocantins, serão entrevistados 2.980 domicílios distribuídos em 80 municípios. O IBGE convoca a população a atender os entrevistadores e dessa forma colaborar para construção de medidas de combate à pandemia e à crise causada por ela.

As entrevistas duram aproximadamente 10 minutos. O morador que estiver com dúvida se a ligação que está recebendo é ou não do IBGE, pode ligar gratuitamente para 0800-721-8181, digitar a opção 1 e confirmar a identidade do entrevistador. O funcionamento do 0800 é de segunda a sexta, das 8h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 14h. Outra forma é acessando o site Respondendo ao IBGE (https://respondendo.ibge.gov.br/entrevistador) e informar matrícula, RG ou CPF do entrevistador. No Tocantins, essa confirmação também pode ser feita pelo e-mail atendimento.to@ibge.gov.br.

Para definir a amostra da nova pesquisa, o IBGE utilizou a base de domicílios que participaram da PNAD Contínua no primeiro trimestre de 2019 e selecionou aqueles com número de telefone cadastrado. No Tocantins, serão entrevistados 2.980 domicílios por mês, divididos em quatro semanas. Em todo Brasil farão parte da pesquisa 193,6 mil domicílios, distribuídos em 3.364 municípios de todas as unidades da federação.

Os primeiros resultados têm divulgação prevista ainda em maio. “Nosso cronograma de coleta vai depender da extensão da pandemia, mas planejamos divulgar os resultados semanalmente, às sextas-feiras”, explica a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Maria Lucia Vieira. Ela ressalta que os dados para Brasil e grandes regiões serão disponibilizados semanalmente, enquanto as informações por estado serão mensais.

Dados pesquisados

A pesquisa vai revelar a quantidade de pessoas que tiveram os sintomas de Covid-19, como febre, tosse, dificuldade de respirar, falta de paladar e olfato, fadiga, náusea e coriza. “Identificaremos a parcela da população que procurou atendimento e em quais tipos de estabelecimentos de saúde, dentre outras informações. Para os que não buscaram atendimento, vamos descobrir como trataram os sintomas”, detalha a coordenadora.

Nos casos de internação, será possível saber também se o paciente foi sedado, entubado ou colocado em respiração artificial com ventilador. Já nas situações em que não houve deslocamento até uma unidade de saúde, será perguntado se os moradores receberam, por exemplo, a visita de um profissional de saúde na residência ou se tomaram algum remédio com ou sem orientação médica.

A PNAD Covid também vai acompanhar as mudanças no mercado de trabalho neste período de pandemia, abordando questões sobre a prática de home office, os motivos que impediram a busca por emprego e os rendimentos obtidos pelas famílias. 

Sigilo das informações

Nesse cenário de pandemia é ainda mais importante que a sociedade entenda a relevância das pesquisas e atenda o IBGE pelo telefone para garantir que as informações que o país precisa continuem sendo produzidas. Todos os dados coletados pelo órgão têm sua confidencialidade garantida pela lei nº 5534/1968, que trata do sigilo da informação e garante que eles só podem ser utilizados para fins estatísticos.

“Assim como na coleta presencial, o sigilo das informações dos moradores está garantido e são utilizados unicamente de forma estatística e agregada, sem identificação de nenhum deles. Os dados também não são entregues para nenhum outro órgão e seguem os princípios fundamentais das estatísticas oficiais da ONU”, afirma Maria Lucia Vieira.

Apoio de instituições

O IBGE está utilizando sua experiência em coleta por telefone de pesquisas econômicas, mas, para definir o melhor formato para a PNAD Covid, o corpo técnico recebeu também apoio de especialistas em amostragem e em pesquisas telefônicas de outras instituições.