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Economia

Foto: Reprodução/TV Anhanguera

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O fechamento do comércio de rua, centros comerciais e shopping centers, a partir da segunda quinzena de março, em algumas das principais cidades do país, explica a queda de 6,5% registrada pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quarta-feira, 13. No volume de serviços, o estado também apresentou resultado negativo, com recuo de 2,1%.

Após uma queda de 8,5% em janeiro, o varejo tocantinense apresentou o melhor desempenho entre os estados, em fevereiro. Porém, com o fechamento das lojas, em março, o estado registrou novo encolhimento, acompanhado de 26 das 27 unidades da federação. A taxa média de vendas do comércio no país mostrou recuo de 2,5%. Pressionando positivamente, figura apenas São Paulo (0,7%).

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, Tocantins registrou uma queda ainda mais acentuada, pois o recuo no volume de vendas foi de 13,1%. A variação nacional entre fevereiro e março foi de -13,7%, com todas as 27 unidades da federação registrando resultados negativos.

Destaques positivos

Comparando março de 2020, com o mesmo período do ano passado, a variação das vendas do comércio varejista nacional foi de -1,2%, com predomínio de resultados negativos em 23 das 27 Unidades da Federação.  O Tocantins foi um dos quatro estados que apresentou destaque positivo: crescimento de 3,4% e segundo melhor índice, perdendo apenas para São Paulo (5,4%).

Considerando o comércio varejista ampliado, ainda no confronto com fevereiro de 2019, apenas o Tocantins apresentou variação positiva. O aumento foi de 3,6%. Com o predomínio de resultados negativos nos demais estados, o país registrou recuo de 6,3% no volume de vendas.

Apesar dos destaques positivos, houve clara perda de ritmo em comparação com os meses anteriores. O volume de vendas em fevereiro de 2020 frente ao mesmo mês de 2019, por exemplo, cresceu 11,7%. No comércio varejista ampliado, a alta foi de 9,4%.

Os dados do IBGE mostram que o comércio em março foi bastante impactado pela estratégia de isolamento social adotada em algumas das cidades mais importantes e populosas a partir da segunda quinzena do mês. A queda só não foi mais intensa por causa de artigos considerados essenciais, como é o caso de produtos alimentícios, farmacêuticos e médicos.

Setor de serviços

No volume dos serviços, Tocantins também apresentou resultado negativo (-2,1%) em março de 2020, na comparação com o mês imediatamente anterior. A maior parte (24) das 27 unidades da federação assinalou retração, acompanhando o recuo de 6,9% observado no Brasil. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) foi divulgada pelo IBGE nesta terça-feira, 12.

Na comparação com março de 2019, o recuo do volume de serviços no Brasil (-2,7%) foi acompanhado por 23 das 27 unidades da federação. O Tocantins foi uma delas, com registro de queda de 5,5%.

No acumulado de janeiro a março de 2020, frente a igual período do ano anterior, a variação negativa do volume de serviços no Brasil (-0,1%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 16 das 27 unidades da federação também mostraram retração no setor. Tocantins apresentou contribuição positiva, porém, tímida, de apenas 0,3%.

Os dados do setor de serviços também foram influenciados pelos efeitos das medidas de contenção da propagação da pandemia, com a paralisação das atividades em estabelecimentos, sobretudo restaurantes e hotéis, que fazem parte dos serviços prestados às famílias. Outras empresas também sentiram bastante depois do fechamento parcial ou total, como os segmentos de transporte aéreo e algumas empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros.