A Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira, 21, uma operação para desarticular associação criminosa suspeita de desviar recursos da Previdência Social calculados em R$ 1 milhão. A operação foi batizada de Tempo Perdido.
Policiais Federais cumprem dois mandados de prisão temporária, duas ordens judiciais de suspensão do exercício de função pública e 12 mandados de busca e apreensão nos estados do Tocantins, Minas Gerais e também no Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal do Tocantins.
Segundo a Polícia Federal, evidências indicam que os investigados fraudam benefícios previdenciários mediante diversos artifícios, tais como majoração do tempo de contribuição, pagamentos de contribuições quase insignificantes, além de recebimento de vantagens indevidas, gerando um prejuízo estimado em mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos.
Se comprovados os fatos, os investigados poderão responder por crimes de associação criminosa, peculato, corrupção passiva e ativa, cujas penas podem chegar a 27 anos de prisão.
A ação de hoje contou com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (ME).
O nome da operação (Tempo Perdido) faz alusão ao tempo de contribuição que faltava aos investigados para que pudessem obter seus benefícios licitamente.
A Polícia Federal ressalta que, em razão da situação de pandemia de covid-19, foi planejada uma logística especial de prevenção ao contágio, com distribuição de EPIs a todos os envolvidos na missão, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas, investigados e seus familiares.