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Milton Neris apontou para uma nova forma de promoção do ensino, assim como acontece com o home office

Milton Neris apontou para uma nova forma de promoção do ensino, assim como acontece com o home office Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Milton Neris apontou para uma nova forma de promoção do ensino, assim como acontece com o home office Milton Neris apontou para uma nova forma de promoção do ensino, assim como acontece com o home office

Com a pandemia da Covid-19, o isolamento social é indispensável para evitar o contágio e salvar vidas. Mas isso não deve impor limitação a algumas atividades, entre elas o acesso à educação. Para o vereador Milton Neris (PDT), o ensino deve ser mantido, adequando-se à nova realidade e, se for preciso, com a inclusão de novos equipamentos.

Em forma de alerta à Prefeitura de Palmas, Milton Neris disse na tribuna da Câmara de Vereadores nesta quarta-feira, 3, ser contra sacrificar o ano letivo por falta de investimento da Educação. Ele sugeriu que a Prefeitura adquira tablets, seja comprando ou locando, para manter uma nova rotina eficaz junto aos alunos da rede municipal, pois é comprovado que nem todos têm acesso igualitário ao ensino à distância devido restrições financeiras. “Hoje, muitos dos 45 mil alunos palmenses não conseguem manter a rotina de aulas virtuais, sem acesso a equipamentos”, lamentou.

Milton Neris aponta para uma nova forma de promoção do ensino, assim como acontece com o trabalho na modalidade home office. “O trabalho remoto tem dado tão certo que algumas empresas já decidiram mantê-lo mesmo após a pandemia. Da mesma forma, a educação pode adotar o ensino remoto. Nossas crianças, nos dias atuais, tem uma capacidade enorme de se adequar e aprender conteúdos. Não podemos pensar em aulas virtuais como uma limitação”, advertiu.

O parlamentar disse que já são 90 dias sem aulas presenciais e a gestão municipal ainda não apontou para alguma medida que não castigue os alunos, fazendo-os perder o ano letivo. “A educação é essencial para a plenitude de um cidadão. Palmas tem, desde 2005, um plano de educação que se consolida a cada ano e tem se tornado modelo para o país. Não devemos perder isso, nenhuma criança e adolescente deve ter seu futuro comprometido. Passar de ano esses alunos, em função da pandemia, é um crime, pois na parte pedagógica um ano liga ao outro. O conhecimento é contínuo”, avaliou.

Para ele, a falta da oferta de ensino virtual durante a quarentena pode aprofundar o abismo social brasileiro e, em um futuro próximo, jovens com a mesma idade escolar poderão estar em anos letivos diferentes.

Interação

Milton Neris disse que em São Paulo é possível locar tablets com 10 Mega de internet a R$ 250,00. E disse ainda que recentemente, a Agência de Tecnologia do município de Palmas adquiriu notebooks com dispensa de licitação pagando entre R$ 330,00 e 360,00. “Esses equipamentos são capazes de promover a interação entre alunos e professores. Existem meios e mecanismos, bem como tecnologia para que os alunos tenham aula, cumpram carga horária e terminem o ano aprendendo”, frisou.

Para isso, completou ele, basta que a gestão municipal faça o aporte financeiro, utilizando o dinheiro do povo de forma correta. “Pra quê se preocupar com asfalto e concreto como prioridade neste momento? A educação é transformadora e não tem outro caminho. Votamos nesta Casa de Leis um orçamento de R$ 333 milhões para a educação neste ano; dinheiro tem, mas falta boa vontade na solução do problema do ensino. Se as escolas da iniciativa privada seguem por este caminho, o poder público também deve seguir”, propôs.

Por fim, o vereador disse que a Câmara precisa buscar junto à Secretaria Municipal de Educação de Palmas a solução para o problema das aulas. “Nos colocamos como parceiros, secretária Cleizenir dos Santos, educadora que tenho respeito, para juntos trabalharmos nos meios para pensarmos os novos rumos do ensino. Outros municípios já usam plataformas digitais e aulas on line. Não sou educador, mas converso com muitos profissionais da área e todos estão preocupados com essa lacuna e consequência no futuro de cada um. A gestão municipal tem sido seletiva em programas sociais, mas não deve ser seletiva na oferta do ensino”, finalizou. (Assessoria do Vereador)