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Saúde

O método consiste no uso de nanopartículas de ouro bioconjugadas com anticorpos para a detecção do SARS-COV-2

O método consiste no uso de nanopartículas de ouro bioconjugadas com anticorpos para a detecção do SARS-COV-2 Foto: Divulgação

Foto: Divulgação O método consiste no uso de nanopartículas de ouro bioconjugadas com anticorpos para a detecção do SARS-COV-2 O método consiste no uso de nanopartículas de ouro bioconjugadas com anticorpos para a detecção do SARS-COV-2

Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA), do Câmpus de Palmas, começou a atuar, em parceria com pesquisadores franceses, no desenvolvimento e adaptação de uma metodologia para diagnóstico da Covid-19. O método consiste no uso de nanopartículas de ouro bioconjugadas com anticorpos para a detecção do vírus SARS-COV-2. 

Segundo a professora Glêndara Martins, membro do PPGCTA e responsável pela parceria com a equipe francesa, a perspectiva é desenvolver um diagnóstico em que o resultado saia em cinco minutos, com custo inferior a US$ 10 (dólares) por teste. “A ideia é que se tenha uma compatibilidade entre emissão e absorção de espectro para as partículas de ouro ajudarem, ou pelo menos permitirem, a fluorescência, levando ao diagnóstico rápido e de baixo custo.  A equipe da França já está com a parte experimental avançada e temos dados relevantes. Nos próximos dias, devemos publicar um short communication com os resultados preliminares obtidos”, destacou Glêndara.

Projeto integra rede nacional formalizada pela UFT 

O projeto faz parte de uma Rede Nacional de Cooperação que está sendo formalizada pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) - por meio de seu Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) - com instituições como a Universidade de Brasília (UnB), o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), a Universidade de São Paulo (USP) e as federais de Goiás (UFG), Minas Gerais (UFMG) e Fluminense (UFF). “O PPGCTA nos trouxe essa demanda e o NIT tem envidado esforços para a formalização da Rede. O documento já foi construído e será encaminhado para avaliação e assinatura das instituições nos próximos dias. Uma rede de cooperação desse porte é inédita na UFT e acreditamos que a parceria entre essas grandes instituições trará excelentes frutos”, ressaltou Claudia Auler, coordenadora do NIT. 

A equipe executora será coordenada pelo professor Ricardo Azevedo, da UnB, e aguardam-se resultados de editais de fomento, tais como o do CNPq (MCTIC/CNPQ/FNDCT/MS/SCTIE/DECIT 07/2020) para pesquisas de enfrentamento à Covid-19, suas consequências e outras síndromes respiratórias agudas graves.

O coordenador do PPGCTA, professor Alex Fernando de Almeida, lembrou que a execução do projeto é de extrema importância no cenário atual, inserindo o Programa numa demanda de urgência mundial. “A consolidação da cooperação abrirá inúmeras oportunidades para a UFT no contexto do ensino e da pesquisa de ponta”, afirmou ele.