A Polícia Federal (PF) realiza nesta quarta-feira, 24, uma operação com objetivo de desarticular uma associação criminosa voltada para caça e pesca ilegais no Rio Tocantins e em cidades em seus arredores.
Aproximadamente 50 policiais federais, com o apoio do Ibama, cumprem 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal de Palmas, nos Estados do Tocantins, Mato Grosso e São Paulo, além de 11 mandados de intimação policial.
A operação desta quarta é um desdobramento da Operação Curupira, deflagrada em fevereiro de 2018, a qual identificou 15 envolvidos nos referidos crimes ambientais, resultando na prisão de alguns deles e na apreensão de 350 quilos de pescado, armas, apetrechos e até restos de animais mortos.
Naquela operação, a PF teve acesso a um grupo de mensagens criado entre os criminosos no qual trocavam imagens de animais mortos, como troféus e fazendo piadas grosseiras sobre a dizimação de espécies no Estado. O grupo também trocava informações sobre locais de caça, além de trocar e comercializar armas de fogo.
Nesta nova fase, busca-se apurar a participação de outros envolvidos nos crimes contra a fauna, especialmente a caça de animais silvestres e pesca no período de defeso, mediante utilização de armas de fogo clandestinas e outros petrechos.
Os investigados poderão responder por crimes contra a fauna, associação criminosa e posse ou porte ilegais de arma de fogo, cujas penas somadas alcançam 13 anos de prisão.
A operação foi batizada de Dia da Caça, e faz referência à principal modalidade de crime investigado: caça ilegal.
A Polícia Federal ressalta que, em razão da situação de pandemia da Covid-19, foi planejada uma logística especial de prevenção ao contágio, com distribuição de EPIs a todos os envolvidos na missão, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas, investigados e seus familiares.