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Polí­cia

Foto: Dennis Tavares Policiais Civis fazem buscas em um dos alvos da operação Policiais Civis fazem buscas em um dos alvos da operação

Deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 9, a 2ª fase da Operação Guerra Justa contra organização criminosa especializada em roubos a carros-fortes e explosão de instituições financeiras localizadas nas regiões Norte e Nordeste do País resultou na prisão de seis homens suspeitos. Os mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça foram cumpridos nos estados do Maranhão, Pará e Pernambuco, restando dois ainda que devem ser cumpridos nas próximas horas. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências localizadas nestes estados.

O coordenador da Operação, delegado Eduardo César de Menezes, da Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC Palmas), destaca que nos últimos seis meses não houve registro de assalto a carro-forte no Tocantins. Para ele, este é um forte indicativo das operações realizadas pela Polícia Civil do Tocantins em parceria com as Polícias Civis dos estados envolvidos na Operação contra essas organizações criminosas.

“Somente nesse primeiro semestre de 2020, essa é a terceira operação deflagrada pela Polícia Civil para combater o roubo a carros-fortes e caixas eletrônicos no Estado do Tocantins. Por meio de investigações, conseguimos desarticular as duas maiores associações criminosas que agiam também em território tocantinense e, desse modo, observamos uma redução drástica no número de crimes dessa modalidade no Estado”, pontuou o delegado.

Como indicador dessa inibição, o delegado informa que 14 pessoas foram indiciadas em razão da 1ª Fase da Operação Guerra Justa realizada em 28 de abril deste ano.  “Durante vários meses conseguimos reunir farto material que possibilitou a deflagração da 1ª fase e a partir dela foi possível desvendar como agia a quadrilha, bem como qual era a tarefa executada por casa um de seus membros”, explicou Eduardo Menezes ao afirmar que com que as prisões efetuadas nesta quinta-feira e com mais material apreendido será possível encorpar ainda mais as investigações.

Sobre o saldo da Operação Guerra Justa, o delegado Erisson Nelson, da Delegacia de Repressão a Roubos a Banco e Antissequestro (DRRBA) da Polícia Civil do Pará, afirmou que a parceria entre as Polícias Civil do Pará e do Tocantins foi fundamental para o êxito das ações deflagradas no combate a essa modalidade de crime.

Busca e Apreensão

Além das seis prisões efetuadas nesta quinta-feira, a Operação Guerra Justa deu cumprimento a mandados de busca e apreensão em endereços pertencentes à quadrilha e que, possivelmente, eram utilizados como fachada pelos integrantes do bando, bem como na apreensão de várias munições de calibre 12, em um sítio no município de Xinguara, que era utilizado como ponto de apoio da quadrilha.

“Nossas investigações apontaram que, além de ser muito organizado, o bando utilizava caminhões de uma madeireira de fachada, localizada na cidade de Cabrobó, no Pernambuco, para transportar o armamento de grosso calibre usado nos crimes cometido pela quadrilha e que dessa forma, poderia ser transportado sem chamar atenção para vários estados do Brasil”, explicou o delegado Eduardo Menezes.

Ainda de acordo com o Delegado, a associação criminosa investigada é considerada uma das mais perigosas e violentas do Brasil. “Até metralhadoras ponto 50 são utilizadas por eles para cometerem as ações delituosas como comprovam os áudios objetos no decurso das investigações”, disse Eduardo Menezes ao apontar que os áudios comprovam que as lideranças do bando acertavam a compra de duas armas desse calibre, uma vez que, as até então utilizadas, não estava sendo suficientes para romper a blindagem dos caminhões que fazem o transporte de dinheiro.