Tramita na 1ª Vara Criminal de Colmeia uma ação penal proposta pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) contra cinco pessoas, integrantes de uma organização criminosa que articulou uma tentativa de assalto a carro-forte, tendo o ataque ocorrido em 24 de outubro de 2019, na estrada que liga Araguacema a Pequizeiro. Um policial militar e seis integrantes da organização foram mortos em confrontos.
São réus na ação penal Ângelo M. R., Arialdo B. V., José O. A. F. da R., Elizeu S. E. e Eliane S. da S. O assalto ao carro-forte não se consumou porque o condutor, para escapar da abordagem, acelerou o veículo blindado e colidiu-o contra o carro em que estavam os criminosos, jogando-o para fora da pista. Em seguida, o condutor conseguiu escapar do local.
A tentativa de fuga do grupo durou vários dias, sempre sob cerco da Polícia Militar. Ao empreender a escapada, os integrantes da quadrilha efetuaram uma sequência de crimes, entre eles o roubo de uma motocicleta, de dois veículos, de aparelhos celulares e de R$ 4.200,00 em espécie, além de bens pessoais, tendo praticando estes atos mediante violência, grave ameaça com uso de armas de fogo e restrição temporária da liberdade de uma das vítimas.
Em um dos confrontos que ocorrerem com a polícia, em 1º de novembro, em um matagal na zona rural de Pequizeiro, o policial militar Deusdete Américo Furtado Gama foi assassinado.
Em outro momento, em 4 de novembro, o grupo voltou a infringir diversos artigos do Código Penal, ao invadir uma fazenda, amarrar todos os funcionários e obrigar o arrendatário da propriedade a conduzi-los em seu veículo até depois de uma barreira policial, montada justamente para impedir a fuga do grupo criminoso.
Participação
A denúncia proposta pelo Ministério Público aponta que a organização criminosa era comandada por Ângelo M. R.. Todos os integrantes que participaram diretamente da abordagem ao carro-forte, junto com ele, restaram mortos em confrontos com a polícia.
Arialdo B. V., José O. A. F. da R. e Elizeu S. E. participaram prestando apoio logístico, seja auxiliando no planejamento da ação, seja atuando diretamente nas tentativas de resgate dos executores da prática criminosa.
Eliane S. da S. foi responsável por abrigar os componentes da organização em sua residência durante o período necessário para a concretização da empreitada delituosa, inclusive prestando auxílio material aos responsáveis pelo resgate dos executores do crime.
A denúncia criminal contra os cinco integrantes da quadrilha foi proposta pelo MPTO no último dia 7. A Justiça formalizou o recebimento no dia 13.
