Representantes do Ministério Público do Tocantins (MPTO), Universidade Federal do Tocantins (UFT), Secretaria Estadual da Saúde (SES) e das secretarias de Saúde de Palmas, Araguaína e Gurupi reuniram-se na quarta-feira, 15, para discutir a execução do Projeto Testagem Ambiental. O objetivo é realizar testagens para a detecção da presença do novo coronavírus em ambientes com grande circulação de pessoas, viabilizando o trabalho de desinfecção desses espaços e contribuindo para o fim da cadeia de contágio.
Na reunião, foram discutidos detalhes para o início dos trabalhos, que serão viabilizados graças à ampliação da capacidade de testagem da UFT, que aplicará os testes laboratoriais do tipo PT-PCR, com suporte da SES. As secretarias municipais promoverão a desinfecção dos espaços onde o problema for revelado. O projeto será coordenado pelo MPTO.
Para o início do projeto, a UFT e o Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen) discutirão os protocolos de testagem ambiental. Depois, no dia 24, os órgãos e instituições voltarão a se reunir, para discutir as ações e as diretrizes do projeto.
Palmas, Araguaína e Gurupi, municípios contemplados pela testagem, já informaram à UFT o levantamento dos bairros com maior índice de contágio da covid-19, onde a testagem será aplicada.
Para a execução do projeto, a UFT está viabilizando a instalação de laboratórios em Palmas, Araguaína e Gurupi e conta com financiamento do Ministério da Educação (MEC) para a realização de 5 mil testes. É cogitada a possibilidade de os municípios participantes adquirirem reagentes adicionais, para ampliar esse número de testagens, conforme foi discutido em reunião anterior.
Estatísticas
O Projeto Testagem Ambiental também tem o objetivo de esclarecer o perfil dos óbitos decorrentes de covid-19, visando sensibilizar a população a aderir às medidas de isolamento social.
As estatísticas desenvolvidas pelo projeto informarão quantas das vítimas fatais são idosos acima de 60 anos, portadores de câncer, de doença respiratória, de doença cardiovascular, de deficiência imunológica, gestantes e lactantes, hipertensos, diabéticos, pessoas com obesidade mórbida e fumantes.
Sobre este aspecto do projeto, nos próximos dias a UFT e o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cieves) da SES irão se reunir para compilação de dados.
Presenças
Participaram da reunião, por parte do MPTO, a promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Saúde (Caosaúde), Araína Cesárea D’Alessandro; os promotores de Justiça Saulo Vinhal da Costa (de Araguaína) e Marcelo Lima Lunes (de Gurupi); e a encarregada da área de Projetos, Luciele Marchezan. Pela UFT, participaram o reitor, Eduardo Bovolato; e o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Raphael Sanzio Pimenta. Pela SES, participaram a diretora do Lacen, Jucimária Dantas; o gerente de Educação Permanente do SUS/ETSUS, Paulo Henrique M. Texeira; a superintendente de Vigilância em Saúde, Perciliana Bezerra; a coordenadora do Setor de Análises de Produtos e Ambientais do Lacen, Juliana Germano; e a superintendente de Gestão Profissional e Educação na Saúde, Andreia Claudina de Freitas Oliveira. Também estiveram presentes os secretários de saúde Daniel Borini Zemuner (Palmas), Ana Paula Abadia (Araguaína) e Halex Cavalcante Coutinho (Gurupi).