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Cultura

A 1ª edição da Confere encerra com uma oficina dada pelo guitarrista da banda Boogarins, Benke Ferraz

A 1ª edição da Confere encerra com uma oficina dada pelo guitarrista da banda Boogarins, Benke Ferraz Foto: Divulgação

Foto: Divulgação A 1ª edição da Confere encerra com uma oficina dada pelo guitarrista da banda Boogarins, Benke Ferraz A 1ª edição da Confere encerra com uma oficina dada pelo guitarrista da banda Boogarins, Benke Ferraz

Começa nesta quarta-feira, 29, às 19h, a 1ª edição da Confere Música, conferência digital que debate novos caminhos, soluções e propostas para a cena independente musical do Tocantins. Neste primeiro dia, o evento que ocorre todo digital, via Zoom, discute o tema 'Festivais e Casas de Shows: como fica a música ao vivo'.

Afetados pela pandemia da Covid-19 os espaços que abrigavam artistas que tocam música autoral foram os primeiros a fechar as portas e são os que seguem sem previsão alguma de reabertura, por conta da não recomendação de aglomerações pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os festivais, com programações que também incluíam as bandas independentes só devem retornar presencialmente em um mundo pós-vacina.

Nessa perspectiva, o painel inicial da Confere debate qual será o futuro das casas de shows e festivais depois da pandemia. Os formatos mudam? O digital permanece?

Para compor as mesas, a conferência recebe palestrantes e mediadores com grande expertise nos assuntos que fazem parte da discussão.

Com uma programação diversificada, o evento conta com três mesas e uma oficina. A iniciativa segue até sábado discutindo temáticas ligadas ao universo do entretenimento e da música tocantinense.

No segundo dia, com o tema 'No mundo pós-pandemia é preciso repensar na cena independente', a Confere recebe a produtora cultural de um dos maiores festivais do País, o No Ar Coquetel Molotov, Ana Garcia (PE), a gestora cultural, pesquisadora e consultora Beth Ponte (BA) e a produtora cultural Carol Morena (BA). A mediação fica por conta do músico, grafiteiro e produtor tocantinense Ithalo Kodó.

Divulgação na internet? Como utilizar redes sociais? Quais materiais precisam ter enquanto banda? Onde postar o que crio? Tenho release? Foto? Estou nos streamings? Qual streaming vale a pena? Para responder as perguntas dos artistas que hoje necessitam gerenciar suas criações musicais como pequenos negócios, a mesa do dia 31 vem com o tema 'Gestão de Carreira'. A condução fica por conta da jornalista e guitarrista da banda tocantinense Big Marias, Samia Cayres, que é acompanhada dos palestrantes, o produtor cultural e DJ Patricktor4 (BA) e da empresária e diretora da Foco na Missão  escritório que administra a carreira do músico Rashid, Daniela Rodrigues (SP).

A 1ª edição da Confere encerra com uma oficina dada pelo guitarrista da banda Boogarins (GO), Benke Ferraz com o tema 'Produção Musical a Baixo Custo'.

O evento foi idealizado pelos jornalistas Cecília Santos e Philipe Ramos. Segundo os organizadores, a programação busca contemplar as demandas básicas desse público e a partir da troca com palestrantes convidados, que trazem seu know-how e expertise, promover mudanças, conectar pessoas e pensar em um futuro melhor no meio do caos instalado pela pandemia do novo coronavírus, que está prejudicando o segmento da cultura em todo País.

"Ninguém contava que 2020 chegaria com um vírus que se espalharia pelo mundo resultando numa pandemia global fazendo com que o planeta tivesse que repensar sua maneira de viver. De pequenos processos, maneiras de se fazer, comercializações, planejamentos até a criação e divulgação da arte. Palmas, que vinha numa crescente em relação a cena independente (que, apesar de toda dificuldade e falta de apoio se esforça para existir) provavelmente deve retroceder muito no mundo pós-pandemia. Por isso, o que queremos é discutir o que é possível fazer para isso não acontecer", diz Philipe.

Para Cecília, a Confere inclui o Tocantins nas discussões voltadas à cena independente. "Quando pensamos na importância de se fomentar iniciativas fora do eixo, nos destacamos, pois o Estado, infelizmente se encontra hoje à margem até mesmo do circuito alternativo não oficial. Temos dificuldades de realizar festivais, poucos e irrelevantes editais de cultura, artistas autorais que sofrem para existir no mercado. O que não falta é força de vontade. E assim surgimos com o intuito de debater toda essa conjuntura e os envolvidos nela, artistas, músicos, produtores, promoters, comunicadores, pesquisadores e uma lista que só cresce", finaliza.