Lúcio Campelo (MDB) frisou na tribuna da Câmara de Palmas, na sessão desta terça-feira, 18, que vereador não tem autoridade para desautorizar o cumprimento de decreto instituído pelo Executivo Municipal para limitar ações durante a pandemia na Capital. “Os vereadores precisam se posicionar se querem manter os altos índices de contaminação ou se querem reduzir. Para reduzir precisa-se cumprir o decreto”, reclamou.
O posicionamento do vereador Lúcio confronta atitude do parlamentar Felipe Fernandes (DEM) que foi filmado dia 13, por volta das 22 horas, em uma distribuidora de Palmas, discutindo de forma exaltada com uma equipe de fiscais do município que, na oportunidade, realizava fiscalização. “Não era hora de bater boca com o guarda metropolitano, amarelinho ou fiscal de posturas. Era hora de deixar agirem para depois ir à Secretaria e à Prefeitura resolver o problema do contribuinte, mas sem se expor como autoridade e sem expor a imagem daqueles que estavam trabalhando para cumprir o decreto”, afirmou Lúcio.
De acordo com Campelo, vereador é eleito pela sociedade para cumprir as leis. “O vereador é autoridade, eleito pela sociedade para cumprir as leis e naquele momento, mesmo querendo defender o interesse do contribuinte, entendo que agiu de forma equivocada. Quando eu trato de cumprir as leis, eu na condição de vereador e autoridade desse município, preciso dar exemplo”, disse Campelo.
Está em vigor na Capital decreto (Nº 1.920) que restringe o horário de funcionamento do comércio. Pelo atual texto, todos os estabelecimentos não essenciais devem ficar fechados entre às 20h e 5h, sujeitos a penalidades.
Comprometimento da Prefeita
Na mesma sessão, o vereador Lúcio aproveitou para ressaltar o compromisso da prefeita Cinthia Ribeiro no combate à Covid-19. “A gestora tem demonstrado comprometimento com a nossa cidade. Comprometimento que também recebe críticas daqueles que só olham para o seu umbigo, que não olham para a vida coletiva, e não olham para o próximo”, afirmou.
Descumprimento pela Sociedade
Na visão do vereador Lúcio Campelo, a falta de tolerância às normas estabelecidas e de empatia com o próximo impulsionam os casos do novo coronavírus na cidade. “Se essa cidade tivesse cumprindo desde o primeiro decreto, hoje não estaríamos necessitando de novas UTI’s, mas a sociedade não teve tolerância para entender a importância da sua parcela de contribuição para salvar a vida do próximo”, disse.
Segundo ele, o “próximo” pode ser um familiar. “O próximo pode ser a mãe, pode ser o pai, a tia, o tio, o filho, a filha, o sobrinho, a sobrinha, mas todo mundo está olhando só para o próprio umbigo”, criticou.
