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Meio Ambiente

Foto: Luiz Henrique Machado

Desde o início da semana, a quantidade de focos de incêndios florestais vem ganhando proporções cada vez maiores, destruindo matas nativas, parques, pastagens, áreas verdes e estruturas na zona rural. A Defesa Civil Estadual coordena as ações de combate, por meio do Comitê do Fogo, onde atuam o Corpo de Bombeiros Militar e demais parceiros. Contudo, o órgão afirma que cabe à população colaborar com a extinção, ao não iniciar o fogo.

“A população é o ponto central desse sistema. O Corpo de Bombeiros Militar, as Brigadas Municipais, as Brigadas do Naturatins e as Federais do Prevfogo/Ibama e ICMBio, fazem a parte de atendimento de emergência, mas a quantidade de focos depende diretamente da ação humana no início dos incêndios florestais”, afirmou o tenente-coronel Erisvaldo Alves, coordenador-adjunto da Defesa Civil Estadual.

O tenente-coronel assegurou que existe o sistema de resposta, com pronto-atendimento às chamadas, mas alertou que “se aparecerem vários focos ao mesmo tempo na área urbana, fica difícil para qualquer Corpo de Bombeiros Militar do país atender tudo. A gente pede a colaboração da população nesse período, para que o fogo seja evitado ao máximo”.

Também, segundo o coordenador-adjunto, é preciso levar em conta o clima deste período, que facilita a rápida propagação dos incêndios florestais. “Nesses dias, com esses ventos fortes, qualquer incêndio que se iniciar para limpar quintal ou renovar pasto, a chance de ficar fora de controle é muito grande. E isso está proibido por lei”, assegurou.

“A fumaça faz mal à saúde e é necessário que todos tenhamos consciência de que temos papel central no processo, que é não iniciar o incêndio florestal”, completou Alves.

Destruição

Entre domingo, 30 de agosto, e esta quinta-feira, 3 de setembro, dezenas de focos foram observado dentro de Palmas e na zona rural. Muitos deles combatidos e outros ainda estão com diversas equipes fazendo a extinção, reunindo Corpo de Bombeiros Militar, Naturatins, Ciopaer e Ibama, esses dois últimos, com um helicóptero cada.

Segundo um levantamento do Sistema Integrado de Operações do CBMTO (SIOP), ao longo de 2020, a corporação registrou 1.037 atendimentos para combate a incêndios florestais em todo o Estado. Em agosto, foram 443 registros e em setembro, até esta quinta-feira, 64 solicitações.

Os maiores incêndios estão na Serra do Lajeado, nas proximidades da sede do Parque Estadual do Lajeado, entre as TO-020 e TO-030, onde as equipes do 1º Batalhão de Bombeiros Militar e brigadistas do Naturatins estão combatendo. “Os fortes ventos dos últimos dias têm dificultado o combate”, reconhece o tenente-coronel Alves.

Nas proximidades de Taquarussu, nesta quarta-feira, 2, pastagens, cercas, plantações e matas foram destruídas pelo fogo. Moradores se juntaram aos bombeiros na tentativa de combater as chamas e amenizar os estragos.

No mesmo instante, no centro de Palmas, outras equipes atuavam para extinguir o fogo entre as quadras 601 Sul e 607 Sul.

"Enquanto não houver consciência e respeito de algumas pessoas, nós vamos continuar apagando os incêndios florestais, e por outro lado, muitos estarão calculando e chorando os prejuízos causados", lamentou o tenente-coronel Alves.

Os números para denunciar quem coloca fogo são: 190 Polícia Militar, 153 Guarda Metropolitana de Palmas (GMP) e a Linha Verde do Naturatins 0800 63 11 55. Já em caso de atendimento de Emergência o 193 - Corpo de Bombeiros Militar e 199 - Defesa Civil.