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Meio Ambiente

Foto: Divulgação Secretário Renato Jayme apresentou por meio de vídeo as ações de combate aos incêndios florestais Secretário Renato Jayme apresentou por meio de vídeo as ações de combate aos incêndios florestais

Diálogos pela Amazônia é uma iniciativa da Força Tarefa dos Governadores (GCF Task Force) no Brasil. A primeira live de uma série que irá abordar assuntos da Amazônia Legal, apresentou as ações e as lições realizadas pelos nove estados que compõe a Amazônia Brasileira. O evento foi conduzido pela jornalista Bárbara Lins e liderado pelos secretários de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti (Mato Grosso), Eduardo Taveira (Amazonas), Marcílio Lopes (Rondônia) e Mauro O’de Almeida (Pará). O Governo do Tocantins participou da live representado pelo secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Renato Jayme que elucidou por meio de vídeo as ações realizadas no Estado.

Os estados do Acre, Amapá, Roraima e Tocantins apresentaram os seus dados por meio de vídeos. Em sua participação, o Tocantins apontou para redução de focos de incêndios de 25% comparado ao ano anterior, em sua fala o secretário Renato Jayme destacou que a diminuição é fruto de ações anteriores de prevenção e monitoramento alinhadas ao combate e fiscalização e que foram fortalecidas neste ano com uso de tecnologias. Ressaltou ainda, o trabalho da Defesa Civil na capacitação de brigadistas e no combate direto ao fogo em todo o estado do Tocantins e do Manejo Integrado do Fogo (MIF) realizado nas Unidades de Conservação do estado pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).

A presidente do Fórum de Secretários de Meio Ambiente da Amazônia Legal e secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso Mauren Lazzaretti expôs o panorama geral dos dados de incêndios na Amazônia Legal nos últimos 10 anos, e que segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), os resultados de 2020 até o momento demonstram uma redução de 50% em comparação ao ano anterior, porém em sua fala ela ressalta que há uma crescente considerável nos estados do Mato Grosso, Amazonas e Pará, ainda que o total não esteja apurado. A secretária relatou que uma das razões para este cenário são devidas as precipitações, relatando que o estado do Mato Grosso passou pela seca mais severa dos últimos 30 anos, em 2020.

A secretária destacou ainda, a particularidade dos estados, que embora tenham desafios comuns e estejam na Amazônia Legal, tem características diferentes, como a regularização fundiária. Nos gráficos apresentados, ela destacou os números da categorização fundiária de onde mais queima, no Mato Grosso e Tocantins, os maiores números estão registrados em propriedades privadas, enquanto Pará possui a maior quantidade em glebas, que são terras sem regulamentação.

Embora com resultados positivos, o estado do Tocantins ainda ocupa a quarta posição dos estados que mais possuem focos de calor, isso se deve também a falta de precipitações durante o seu período de estiagem e ao seu bioma predominante, que é o Cerrado com 87% do território tocantinense, e que contém características propensas ao fogo. Vale salientar, que da totalidade das queimadas no Estado, 98% se concentram neste bioma, sendo somente 2% no bioma da Amazônia.

Os secretários dos estados do Amazonas, Rondônia e Pará também expuseram suas ações e lições aprendidas durante a live e ambos reforçaram em suas falas a importância do fortalecimento dos estados da Amazônia Legal para ações conjuntas de proteção à floresta, destacando que a preservação da floresta também perpassa pela economia da biodiversidade e das ações de combate ao desmatamento.

O secretário Renato Jayme encerrou a sua participação na live reforçando a importância da educação ambiental para a prevenção das queimadas. “A Secretaria acredita muito na educação ambiental das futuras e da atual geração para a prevenção das queimadas e proteção do meio ambiente. O projeto Foco no Fogo é uma ação que realizamos esse ano em 900 propriedades em 13 municípios do Tocantins com objetivo de dar orientações sobre os riscos e os prejuízos dos incêndios florestais. As propriedades foram identificadas como as que mais queimaram nos últimos anos, a constatação foi possível devido ao monitoramento que proporcionou o mapa de cicatriz do fogo no Estado e com isso realizamos ações mais assertivas".