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Foto: Divulgação

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O plantio da Safra 2020/2021 na área de atuação da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa) começou há menos de uma semana, mas já apresenta números significativos. Até esta sexta-feira, 30 de outubro, 66% dos grãos já haviam sido negociados antecipadamente. Ao todo, a cooperativa já comercializou 100 mil toneladas da oleaginosa para serem entregues aos compradores até maio de 2021.

A perspectiva de bons resultados tem animado os produtores associados que devem plantar uma área 10% maior que no último ano agrícola, saltando de 58 mil para 64 mil hectares.

Os grãos serão cultivados por 159 cooperados em propriedades de Pedro Afonso e outros 15 municípios.

“Os contratos de fixação de preços ocorreram com uma rentabilidade que agradou os produtores. Também temos a perspectiva da ocorrência do fenômeno La Niña [que provoca a intensificação das chuvas], que indica uma tendência climática satisfatória, o que nos deixa otimistas em relação aos resultados de produtividade e rentabilidade”, avaliou o presidente da Coapa, Ricardo Khouri.

O gerente-geral da Coapa, Nelzivan Carvalho Neves, informou que os agricultores estão otimistas com o início do plantio já que as projeções de chuvas, produtividade e o valor agregado aos grãos são positivas. “A chuva veio e isso fez com os que produtores já soltassem o plantio. Isso é muito bom, pois todo o cenário neste ano está favorável para uma boa safra”, afirmou.

Ainda segundo o executivo, outro destaque é a valorização do preço da oleaginosa em relação ao custo de produção. “Se você pegar o custo de produção da safra 2019/2020 e comparar com a de 2020/2021, essa safra está bem mais atrativa. Ano passado tivemos valores médios fixados entre R$ 72,00 e R$ 77,00 na saca de 60 quilos. Nesta safra disparou para R$ 82,00 e chegou a R$ 120,00”, explicou ao dizer que o crescimento “fora do comum” deve possibilitar um retorno financeiro significativo ao produtor rural.

Otimismo

Produtor de grãos no município de Bom Jesus do Tocantins, Marco Antônio da Silva já plantou parte dos 510 hectares de soja precoce – mesma área do ano passado – e após realizar a colheita da lavoura no primeiro semestre de 2021, pretende cultivar milho safrinha. “O sentimento é de otimismo ao começar o trabalho. Estamos trabalhando para colher entre 60 e 65 sacas de soja por hectare”, contou o proprietário da Fazenda Paraúna, que há oito anos produz grãos nesta região.