A equipe do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) do Tocantins auxiliam nesta sexta-feira, 6, as atividades do Posto de Atendimento Emergencial a Animais Silvestres (Paeas) e atuam no resgate, reabilitação e destinação da fauna impactada, na região do Poconé, em Mato Grosso.
O posto de Atendimento foi instalado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) no início da Rodovia Transpantaneira para socorrer animais vítimas do fogo no Pantanal e a equipe do Tocantins permanece auxiliando as operações até o próximo dia 14 de novembro. Mas a previsão é que operações sejam mantidas até que o período de chuvas frequentes se estabeleça na região.
“O Tocantins superou seu período crítico de estiagem e combate ao fogo. Então entendemos que havia chegado o momento de levarmos nossa contribuição à força-tarefa do Pantanal. Uma equipe integrada de instituições do nosso Estado está dedicada nas operações da força-tarefa no Mato Grosso. E temos a expectativa de que essa união de forças vai alcançar êxito na conservação da fauna do Pantanal”, afirmou Sebastião Albuquerque, presidente do Naturatins.
“Felizmente, hoje a situação no Pantanal é menos crítica que o momento do auge das queimadas. Então continuamos realizando o resgate de animais, mas agora estamos concentrando o foco na alimentação e dessedentação das espécies prejudicadas pelas queimadas. Existem bastantes indivíduos que estão debilitados e para estabelecer pontos de distribuição de alimentos e água estamos nos orientando pelo critério de pegadas por via terrestre e pontos sem acesso de estradas a distribuição vem sendo feita por via aérea”, Oscar Vitorino Júnior, doutor em Limnologia e biólogo do Naturatins.
“Os alimentos são doações de Ongs, que tem permitido oferecer aos animais uma dieta bem variada, para poder suprir essa necessidade nutricional que as espécies estão enfrentando. Hoje estamos com cinco equipes terrestres e uma aérea para fazer a distribuição desses alimentos. Além de frutas, a dieta conta com proteínas e rações. Observamos as pegadas na região às margens das estradas pantaneiras e realizamos buscas de áreas de refúgio dos animais, para a distribuição de alimentos e abastecimento de água.”, Raiany Cristine Cruz da Silva, bióloga do BPMA-Tocantins.
“Estamos auxiliando na coordenação e organização dos trabalhos. Aqui temos os recintos improvisados para os animais possui um sistema de sombreamento e irrigação para favorecer o resfriamento das telhas, amenizar o calor, manter a umidade do local e proporcionar o conforto e o bem estar das espécies recebidas para reabilitação e posterior retorno ao habitat natural. As instalações para atendimento dos animais, conta com o espaço de atendimento veterinário, o recinto de reabilitação e o galpão de armazenamento dos alimentos.”, Wallace Lopes, engenheiro Ambiental do Ibama-Tocantins.
Após uma avaliação preliminar dos animais encontrados as equipes decidem sobre a necessidade do resgate e deslocamento da espécie para o atendimento veterinário ou reabilitação no Posto de Atendimento. Ainda segundo a equipe, já foram resgatadas duas antas-macho, uma com o helicóptero do Ibama de Cáceres e outra com o auxílio da aeronave do Exército, ambas em recuperação no Paeas.
Integração
Desde o início dessas operações, a força-tarefa já contou com a participação de vários órgãos, instituições e organizações, entre elas Ibama, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasília Ambiental (Ibram-DF), Exército Brasileiro, Marinha do Brasil, Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso (Sema-MT), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Corpo de Bombeiros-MT, Polícia Militar Ambiental do Mato Grosso.