A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência de Vigilância das Arboviroses, alerta a sociedade para os cuidados pertinentes em relação à febre amarela. Ao ensejo, faz menção a quem ainda não se vacinou contra a doença, que busque a imunização. A vacina contra a febre amarela está no Calendário Nacional de Vacinação. Todas as unidades básicas de saúde do Estado estão abastecidas e preparadas para realizar a imunização da população.
Segundo os dados levantados pela Diretoria de Vigilância das Doenças Vetoriais e Zoonoses, entre janeiro e outubro de 2020, todas as regiões do Tocantins estão com a cobertura vacinal da Febre Amarela – em crianças menores de um ano – abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS). O público-alvo para a vacinação inclui, desde crianças a partir de nove meses de vida, até pessoas com 59 anos de idade.
O Ministério da Saúde indica que o vírus da febre amarela se mantém em um ciclo silvestre de transmissão, que acontece através de mosquitos transmissores, principalmente, através dos macacos. A Pasta sugere que seja realizado, periodicamente, um monitoramento para antecipar a ocorrência da doença e, dessa forma, intervir para evitar casos em humanos por meio de vacinação. Entretanto, mesmo que macacos não transmitam a febre amarela para humanos – que só são infectadas quando picados por mosquitos capazes de transmitir o vírus – especialistas monitoram o comportamento do contágio entre esses animais, porque os consideram como um sinal para a presença do vírus em determinadas regiões.
Para Christiane Bueno, Gerente de Vigilância das Arboviroses, “é importante que a sociedade esteja sempre atenta com relação à imunização contra a febre amarela. É aconselhável que a população acompanhe o cartão de vacina, para que haja pelo menos uma dose da vacina tomada e, caso não tenha registros, que procure uma unidade de saúde o mais rápido possível para regularizar a situação. Frisa-se que estamos em meio ao período sazonal da doença e o Tocantins é um local que se encontra na área de recomendação vacinal, por ser endêmico à doença”, pontuou.
As ações de vigilância atuam de forma a evitar a transmissão por mosquitos, através do controle de vetores nas cidades. Portanto, o macaco – principal hospedeiro e vítima da febre amarela – funciona como uma espécie de vigilante, indicando se o vírus está presente em um determinado local. Contudo, a vacina contra a doença apresenta índices de 95% de eficácia e segurança, tornando-se a medida mais importante para prevenção e controle.