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Saúde

A pesquisa usará dois testes diferentes, o Elisa, que usa amostra de sangue para reações antígeno-anticorpo detectáveis e o RT-PCR

A pesquisa usará dois testes diferentes, o Elisa, que usa amostra de sangue para reações antígeno-anticorpo detectáveis e o RT-PCR Foto: Marcos Sandes

Foto: Marcos Sandes A pesquisa usará dois testes diferentes, o Elisa, que usa amostra de sangue para reações antígeno-anticorpo detectáveis e o RT-PCR A pesquisa usará dois testes diferentes, o Elisa, que usa amostra de sangue para reações antígeno-anticorpo detectáveis e o RT-PCR

Será realizada em Araguaína uma pesquisa para descobrir o nível de infecção real da covid-19 na população, uma vez que os assintomáticos não entram para as estatísticas porque naturalmente não procuram atendimento. Para isso, haverá amostragem de 388 pessoas com testes sorológico e molecular. A ação é prevista para a segunda quinzena de janeiro, por meio de parceria entre a Secretaria Municipal da Saúde, Universidade Federal do Tocantins e Associação Comercial e Industrial de Araguaína (Aciara).

De acordo com a secretária da Saúde, Ana Paula Abadia, o resultado ajudará em novas medidas contra a pandemia, inclusive o plano de vacinação. “Além do teste, os agentes aplicarão questionário com as pessoas voluntárias sobre condições socioeconômicas, sintomáticas, contatos que tiveram a doença e outras variáveis que serão cruzadas para identificarmos as tendências de contaminação”, descreve.

Projeto inédito

Diferente do que foi realizado pelo Ibope e coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), esse projeto será dedicado à estatística no Município. “O estudo será complementar ao anterior, porque as 200 amostras feitas em municípios de todo Brasil deram o resultado nacional, mas a nível local não foi suficiente”, afirmou o professor da UFT, José Carlos Ribeiro Júnior.

O projeto inédito, com 388 testes, segue um modelo matemático para uma cidade com 180 mil habitantes. O método prevê ainda dividir Araguaína em cinco regiões e aplicar mais testes em áreas que houver mais moradores por metro quadrado. Já as casas serão sorteadas e o morador aleatório, maior de 18 anos e que não teve diagnóstico de covid-19 será convidado a participar. O nível de confiança do estudo é de 95%.

Os exames

A pesquisa usará dois testes diferentes, o Elisa, que usa amostra de sangue para reações antígeno-anticorpo detectáveis, e RT-PCR, usa uma coleta de mucosa por swab.

O RT-PCR será realizado pela UFT para medir a carga viral da covid-19, mesmo em pessoas sem sintomas, enquanto o Elisa tem financiamento da Aciara e diagnóstico do Laboratório Analisys para avaliar se o morador já teve a presença do vírus no organismo, mesmo sem saber.

"Esse projeto é importante porque Araguaína está protagonizando muitas ações baseados em dados e pesquisas sobre a covid-19. Esse estudo feito pela UFT é um passo muito grande dado por esses pesquisadores que estão contribuindo com o combate ao novo coronavírus e norteando as ações dos gestores para o controle dessa doença em nossa cidade. A equipe da UFT está de parabéns e a Aciara se coloca como parceira para que esse projeto tome corpo e seja executado. Além de beneficiar nossa cidade, a pesquisa será referência para outros municípios e regiões no controle desse vírus", informou a presidente da Aciara, Hélida Dantas.

Novo modelo

O professor da UFT explica ainda que essa pesquisa é diferente da idealizada no início da pandemia, em abril.  “Agora que conseguimos adaptar o método oficial, recomendado pela OMS. Aquele anterior é um modelo novo, desenvolvido na UFT, que custa um terço do valor comum, mas que precisa passar por todos os processos de aprovação e por isso não foi autorizado meses atrás”.

O teste para validação do novo modelo usou o exame pareado com o RT-PCR em 346 pacientes da Atenção Básica de Araguaína e alcançou eficiência em 95%.