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Cultura

O Projeto Identidades Brasilis termina nessa quarta-feira, 16. Às 16h, acontece a palestra “O Tocantins que o Tocantins não conhece”, com Emerson Silva (Palmas). Já às 19h, vai acontecer a exposição virtual “Terra Vermelha: a manifestação da vida no Cerrado", de Winny Tapajós (Palmas), seguida de um bate papo com o artista. A programação do projeto Identidades Brasilis acontecerá na página oficial do Sesc Tocantins no Youtube www.youtube.com/sescto. Informações pelo e-mail cultura@sescto.com.br ou pelo telefone. 

O Tocantins que o Tocantins não conhece

A palestra “O Tocantins que o Tocantins não conhece” parte de uma pergunta: Qual é a Cultura do Tocantins?. Desse questionamento surgem vários outros e também a busca por respostas a essas dúvidas. Segundo Emerson, hoje quando observa sua trajetória de mais de 20 anos na documentação fotográfica da cultura popular e dos povos tradicionais do Tocantins, na busca de uma identidade do tocantinense, da sua identidade, do “porquê” de não encontrar algo dito sobre isso em livros, publicações, o silenciamento de tantas histórias e estórias, o rosto desse povo, seus saberes e seus fazeres. Um de seus questionamentos mais latentes durante anos de pesquisa era: “por que o Tocantins que vejo nas poucas literaturas sobre sua cultura não é o mesmo que vejo em loco, nas comunidades, aldeias, cerrados, serras, vales, rios e veredas que passei e fotografei?”

Nessa perspectiva da procura e reflexão sobre algumas respostas alcançadas, e sobre a busca incessante da ‘verdade’ sobre vários povos e suas culturas que formam o Tocantins, que forja seu povo é que se constitui o tema central desta palestra. 

Emerson Silva

Nascido em São Paulo – SP, em 1975, residente em Palmas, Tocantins, desde 1995, em 2004, Emerson Silva, ingressou no curso de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins - UFT em 2002 e Fotografia do Centro de Ensino Universitário Luterano de Palmas - Ceulp/Ulbra. Logo depois passou a trabalhar na assessoria de comunicação da então, Fundação Cultural do Estado do Tocantins, onde teve a oportunidade de conhecer a fundo as manifestações culturais regionais, materiais e imateriais, e seus personagens – comunidades rurais negras, indígenas de várias etnias, mergulhando na fotografia documental e fotojornalismo. Também trabalhou como repórter fotográfico dos jornais, Stylo, Jornal do Tocantins, e na Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa. Emerson trabalha com paixão a cultura popular e a comunidades tradicionais onde se dedica a documentação fotográfica há mais de 20 anos. 

Terra Vermelha: a manifestação da vida no Cerrado

Composta por ilustrações, a exposição “Terra Vermelha: a manifestação da vida no Cerrado" de Winny Tapajós é a primeira individual da artista.  Permeada por elementos ligados ao cerrado brasileiro, ao feminino e a vida em suas diversas nuances, a exposição se apresenta como um recorte da sua produção artística. Sua obra é imbricada, cheia de elementos orgânicos, cores terrosas, amarelos e verdes vibrantes, assim como é o bioma cerrado. Sua obra traz uma força ancestral na representação do feminino, da terra, como espaço de potência e de fonte geradora de vida. Se apresenta também como o encontro entre o mundo humano e o mundo natural, com uma síntese de muitos estímulos sensoriais e de conexão com a “anima”. A exposição vai estar disponível no endereço: www.sescto.com.br/cultura/exposicoes.

Winny Tapajós Costa

Nasceu em Belém, Pará, Brasil em 1996, é indígena do povo Tapajó que habita o Território Indígena Cobra Grande, Pará. Vive, estuda e trabalha em Palmas, Tocantins atualmente. É estudante de Arquitetura e Urbanismo na UFT e ilustradora. Em seus trabalhos busca ilustrar a formosura da natureza e do cerrado e trabalhar as questões indígenas de forma visual. 

Identidades Brasilis

O Projeto Sesc Identidades Brasilis se constitui sob a égide de uma ação afirmativa e formativa por meio da produção artístico-cultural de pessoas negras e indígenas e pessoas não negras e não indígenas. Tem seu propósito centrado na produção de ações, com foco na mediação de saberes e conhecimentos desses dois grupos étnicos. Partindo da compreensão de que o Brasil foi forjado na interação entre diversas culturas, e, ao mesmo tempo, a partir da construção de uma narrativa oficial totalizante e homogeneizadora, bases estruturantes de uma sociedade racista e desigual, esse projeto busca, em termos de representatividade e proporcionalidade discutir e refletir sobre questões urgentes e emergentes acerca do que a contemporaneidade nos convida  ao debate. Esse exercício se dará por meio de ações midiatizadas com ênfase na  discussão identitária e das questões étnico raciais, a partir das práticas e das produções  artístico-culturais que venham a contribuir para o desenvolvimento do ser humano,  visando a melhor compreensão de si mesmo e do mundo, mediado pelas  intencionalidades que norteiam as ações educativo-socais do Sesc, por meio da Cultura  que é um direito social e logo, inerente à condição humana, e seu exercício pode garantir às pessoas, enquanto sujeitos e individuais e coletivos: dignidade, liberdade, igualdade,  solidariedade e participação social.