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Polí­cia

Foto: Divulgação

Uma investigação promovida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual e pela Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil resultou na deflagração da operação Feynman, que reuniu diversas forças policiais, nesta quarta-feira, 14, quando foram cumpridos 13 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão em cidades do Tocantins e do Estado de São Paulo.

Em Palmas, foram apreendidos cerca de 1 kg de cocaína de alta pureza, 2 kg de crack, 1,5 kg de maconha, um fuzil, munições diversas, uma caminhonete blindada, uma lancha, uma motocicleta, balança de alta precisão, celulares e dinheiro em espécie. Ainda foi deferido judicialmente o pedido de bloqueio de 14 contas bancárias utilizadas pela organização criminosa para lavagem de capitais, em que foi movimentado cerca de R$ 1 milhão durante o período de um ano.

Em entrevista coletiva, a promotora de Justiça Maria Natal de Carvalho Wanderley e o delegado Enio Walcácer relataram que a organização criminosa, vinculada ao Comando Vermelho, realizava remessas periódicas de drogas de São Paulo para o Tocantins, com parte dos recursos angariados retornando para o estado de origem.

A investigação conjunta do Gaeco e da Denarc possibilitou identificar todos os núcleos da organização criminosa, bem como o esquema de remessa e de lavagem de dinheiro. Com o bloqueio das contas bancárias, os órgãos investigativos visam desarticular a atuação do grupo.

Em São Paulo, foram presas duas pessoas, nas cidades de Limeira e Salto Grande. No Tocantins, foram cumpridos os mandados de prisão de mais 11 pessoas. Um mandato de prisão não foi cumprido, mas na residência do investigado foi encontrada droga e sua companheira foi autuada em flagrante.

A operação Feynman decorre de investigações iniciadas no mês de setembro, que tiveram como resultado inicial a apreensão de drogas em valor equivalente a R$ 100.000, remetidas do Estado de São Paulo para o Tocantins, e que levou à prisão de dois envolvidos e à apreensão de um adolescente, na operação denominada “Nexum Carcerem”. A partir da quebra do sigilo telefônico dos dois envolvidos, as investigações avançaram, resultando na operação Feynman.

A operação Feynman contou com o apoio da Rotam da Polícia Militar do Tocantins; do Grupo Operacional Tático Especial (GOTE), da Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC) de Palmas, da Denarc do Estado de São Paulo e da Polícia Civil de São Paulo.

Nome da operação

O nome da operação, Feynman, é alusivo ao conceito da Formulação de Feynman (Mecânica Quântica), de que podem existir uma infinidade de trajetórias para se alcançar determinado destino – tal alusão se dá em face da operação em epígrafe não ter obedecido aos ritos rotineiros de onde parte-se da estruturação da rede para as apreensões; uma vez que a trajetória desta operação partiu da apreensão para estruturação da rede.