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Palmas

O Sindicato dos Servidores Municipais de Palmas (SISEMP) tem denunciado reiteradamente os problemas enfrentados pelos servidores municipais da Saúde. Em meio à pandemia por Covid-19, em que se encontram com sobrecarga de trabalho e em situação de estafa mental, os servidores ainda enfrentam retirada de gratificações e escassez de equipamentos de proteção individual (EPI´s). Nesse contexto, após reunião com o secretário municipal de Saúde, Durval Ribeiro Júnior, o sindicato apresentou em ofício à Secretaria, relacionando uma série de reivindicações da categoria.

O documento relaciona demandas, fruto de reuniões com servidores, denúncias e conferência in loco realizada pelo sindicato. Muitas das reivindicações apresentadas já foram oficializadas em outras ocasiões, algumas sendo fruto também de ação judicial, em razão da demora ou descaso em relação ao atendimento.

O presidente do Sisemp, Heguel Albuquerque, explica que “reconhece a importância de dialogar com a gestão e coloca o Sindicato como parceiro para colaborar no que for pertinente”.

Confira as demandas

- Não remoção de profissionais das Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) para outros postos de trabalho neste momento de pandemia;

- Falta de profissional habilitado para fazer o acompanhamento dos trabalhos na Usina de Gás Oxigênio, bem como falta de equipamento de radiografia portátil para atendimento dos pacientes em seus leitos;

- Disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) em quantidade insuficiente para a rotina laboral diária;

- Oferta de máscaras descartáveis sem certificação por órgãos competentes e, ainda, máscaras de tecidos nos Centros de Saúde da Comunidade (CSC’s);

- Disponibilização de máscaras do tipo N95 para todos os profissionais que trabalham nas UPA’s e, ampliando ainda, o pedido a todos que lidam diretamente com o atendimento e/ou triagem de profissionais com suspeita ou confirmação de Covid;

- Necessidade de acompanhamento da rotina laboral dos profissionais de saúde por profissionais relacionados à Saúde do Trabalhador, Segurança do Trabalho e setores afins;

- Falta de recursos humanos e sobrecarga dos profissionais que estão na atividade presencial;

- Diminuição de remuneração dos profissionais em momento de pandemia a exemplo da retirada da gratificação por exercício de atividade técnica do SUS (GSUS);

- Prazo de retorno da atividade remota imediato pós-imunização dos servidores que têm comorbidades ou mais de 60 anos;

- Valores pagos pelos plantões em saúde desatualizados com a realidade;

- Garantia de pagamento integral da remuneração aos profissionais que estão em atividade de home office, uma vez que os mesmos não devem ser penalizados por serem de grupos mais vulneráveis ao coronavírus e, tampouco, podem exercer outra atividade para recompor as perdas remuneratórias;

- Não pagamento de insalubridade ou periculosidade a diversas categorias que estão na linha de frente e expostas aos riscos biológicos;

- Isonomia Salarial entre profissionais de nível superior pertencentes ao Quadro Geral e Saúde;

- Por último, preocupações com a saúde mental dos servidores da saúde e endossamos nossos pedidos prévios em relação à Política de Saúde Mental voltada aos mesmos, bem como que seja dado o devido trato às suas causas e condições de trabalho, em especial neste momento melindroso de saúde pública.