Durante o saneamento de uma propriedade foco de mormo, doença infectocontagiosa que acomete equídeos, no município de Filadélfia, localizado na região norte do Estado, foi confirmado com teste complementar o 3º caso da enfermidade naquela propriedade rural e o 17º no Tocantins. O material colhido havia sido enviado pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) ao laboratório oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que confirmou o diagnóstico positivo.
Com isso, e mais o resultado de teste de triagem Elisa que também deu positivo, as medidas sanitárias serão tomadas, incluindo a eutanásia do animal. "Já estávamos na propriedade acompanhando o saneamento, portanto continuaremos executando os protocolos sanitários exigidos para contenção da doença e consequentemente preservar a saúde da equinocultura tocantinense, até que todos os casos sejam sanados”, disse a responsável pelo Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos da Adapec, Isadora Mello Cardoso.
Isadora Mello explicou ainda que a propriedade em questão estava interditada porque a Adapec já havia identificado dois animais positivos. E que o proprietário foi orientado sobre as medidas de descontaminação do ambiente e de cuidados, já que o mormo pode ser transmitida ao homem. “Como fazemos investigação de toda a tropa, incluindo as propriedades vizinhas, com a colheita de amostras para investigação sorológica, confirmamos esse novo caso”, afirma.
Dados
Em 2021, já foram registrados 14 animais positivos em Filadélfia e dois em Nova Olinda, localizados na região norte do Estado, além de um caso em Taguatinga, na região sudeste do Tocantins.
Mormo
O Mormo é uma doença infectocontagiosa causada por bactéria que acomete principalmente os equídeos (asininos, equinos e muares). Nos equídeos, os principais sintomas são nódulos nas narinas, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. Existe ainda a forma latente (assintomática) na qual os animais não apresentam sintomas, mas possuem a enfermidade.
A Adapec alerta que em casos de suspeita da doença, o produtor rural deve notificar imediatamente a Agência em uma das suas unidades ou pelo Disque Defesa 0800 063 11 22, bem como denunciar o trânsito clandestino de animais.