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Campo

Foto: Divulgação

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A Fazenda São Geraldo, do grupo Agrojem (Marinópolis/TO) tem planta de confinamento com cerca de 30 mil cabeças estáticas, parte dela coberta. O proprietário era do ramo de fertilizantes, o que lhe dá uma visão empresarial do negócio e o objetivo de trabalhar de forma integrada. “Seu lema é que curral não pode ficar parado; tem sempre de estar rodando. O diferencial da fazenda é que o grupo trabalha com recria a pasto e terminação em confinamento, com reaproveitamento total dos dejetos produzidos na propriedade. Além disso, o grupo é aberto à tecnologia, tanto na parte operacional quanto na gestão e mercado. O proprietário pensa no agro como um negócio empresarial que tem de dar retorno e girar o dinheiro”, conta Eduardo Henrique Seccarecio, engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scot Consultoria, participante da expedição Confina Brasil.

O Confina Brasil também foi à Fazenda Boca da Mata (Divinópolis/TO), do grupo Fazenda Real. Além do ramo do agro, há outros negócios no estado de São Paulo. Hoje, trabalha em área de 30 mil hectares, com cerca de 7 mil matrizes, que produzem a maior parte do gado que entra no confinamento. “O plano é trabalhar 100% cruzamento industrial nos próximos anos. Os proprietários querem expandir o número de matrizes, sendo uma das estratégias o manejo Integração Lavoura-Pecuária, objetivando viabilizar a reforma das pastagens degradadas da fazenda, com cerca de 14 mil hectares de pastagem”, diz Eduardo.

O analista de mercado da Scot Consultoria explica que a propriedade roda 1.500 hectares de lavoura na área aberta por ano a fim de reformar as pastagens. No ano seguinte, 35% desses hectares retornam em forma de pastagem rotacionada, proporcionando um aumento na capacidade de lotação.

“Com esse sistema, a propriedade pretende suportar um maior número de matrizes, chegando a 15 mil, e ser autossuficiente em número de animais, não precisando mais trabalhar com parcerias. O foco é trabalhar com 100% na produção de bezerros próprios e superprecoces de animais cruzados Nelore e Angus. Boa parte dos animais no confinamento já são superprecoces abatidos com dente de leite e cruzamento Nelore Angus. Eles inseminam 100% da vacada com sêmen Angus e não produzem as matrizes de reposição. Além disso, descartam as vacas vazias e compram matrizes no mercado, ou seja, não produzem matrizes próprias dentro do sistema”, finaliza Eduardo.