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Meio Ambiente

Foto: Marcos Sandes

Foto: Marcos Sandes

O Lago Azul de Araguaína chega a 41.500 novos peixes reintroduzidos nesta quinta-feira, 7, às 9 horas, com a soltura de 10 mil alevinos da espécie tambatinga (caranha) na Praia da Via Lago. A ação faz parte do Projeto Lago Vivo, realizado pela Prefeitura, que está devolvendo ao Rio Lontra 200 mil alevinos de espécies nativas da bacia amazônica extintas no local.

“Nosso objetivo é a preservação do lago e ao mesmo tempo proporcionar um espaço de lazer para a população e visitantes com a pesca esportiva, pois sabemos que daqui alguns anos teremos grandes exemplares acima de dois quilos, além de continuar com a parceria com a iniciativa privada”, afirmou o prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues.

Entre os alevinos que já foram soltos estão os das espécies tambatinga (caranha), piau e surubim. Eles são integrados na natureza com desenvolvimento avançado para ajudar na sobrevivência e consequentemente no crescimento populacional do lago. “A mortandade que era esperada de 40% a 50%, está entre 20% a 30%, além do desenvolvimento dos animais que mesmo sem ração tem apresentado um crescimento incrível”, explicou o biólogo que acompanha o projeto, Aníbal Souza Neto.

Recuperação histórica

O Lago Azul, que tem seus limites demarcados da barragem até a foz do Córrego Jacuba, foi formado na década de 1970 com a construção da Central Hidrelétrica (PCH) do Corujão, com 12 quilômetros de extensão. Após o fechamento das comportas, os peixes que subiam o Rio Lontra para desova, no período da piracema, foram impedidos e as espécies que ficaram no lago foram extintas devido à pesca predatória por quase 50 anos.

O Projeto Lago Vivo é promovido em parceria com a Rede de Supermercados Campelo. “Nós somos responsáveis por ceder os alevinos para a soltura, pois temos essa preocupação ambiental de trazer a vida ao lago e de apoiar o desenvolvimento da cidade”, afirmou o gerente da empresa Reinaldo de Alcântara.

Espaço de lazer

A Prefeitura de Araguaína também regulamentou a pesca esportiva no local, com regras e documento gratuito disponíveis no site http://pesca.araguaina.to.gov.br/. Já a retirada de peixes do local está proibida pelo Decreto Municipal 161/2019 e quem pratica a modalidade predatória está sujeito a multa de R$ 300 a R$ 10.000, com acréscimo de R$ 20 por quilo do produto da pesca.

Proteção ambiental

Para garantir o desenvolvimento da fauna do Lago Azul, a Secretaria do Meio Ambiente realiza ações de monitoramento dos alevinos soltos e de fiscalização à pesca predatória. As vistorias apontam uma evolução dentro dos parâmetros para alevinos soltos, sendo que algumas amostras já saltaram de 4 gramas para 1.200 gramas, em quase dois anos. Já as rondas mostram uma conscientização contra pesca predatória, devido à queda de 12 para 3 na média de redes apreendidas a cada ação.

As ações para a preservação ecológica também contam com o apoio da Polícia Ambiental. “Nós temos o papel de prevenir ilícitos ambientais e a melhor forma é atuando, estamos passando diuturnamente na Via Lago junto com a fiscalização ambiental do município, é uma presença constante”, afirmou o Major Tirello.