Tumbeiros era o nome dado aos navios que transportavam
escravos africanos, entre os séculos XVI e XVIII.
Esse também é o nome do espetáculo teatral do Coletivo Agulha Cenas que tem
calendário de apresentações no interior do Tocantins.
A estreia desta temporada aconteceu na última sexta-feira, 8, com apresentação
no Sesc, em Paraíso do Tocantins.
As próximas apresentações acontecem na sexta-feira, 15, na ruína da
Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Natividade, e dia 22 de outubro,
no Centro de Convenções Mauro Cunha, em Gurupi.
Na montagem do coletivo Agulha Cenas, quatro pessoas ocupam a carcaça de um
navio tombado com movimentos, imagens, contos e cantos. "A reflexão sobre
o tráfico de escravos africanos se expande para a reflexão sobre o lugar do
corpo no mundo, as amarras sociais (cultura da beleza, suicídios, uso excessivo
de mediação), o sofrimento, o desprezo e a incompreensão mútua", afirma a
diretora do espetáculo, a bailarina Renata Souza.
A diretora adianta ainda que, ao final, a amargura das travessias dolorosas é
contraposta pela esperança de encontrar descanso, afago e cuidado do outro
lado.
Projeto
A circulação de Tumbeiros é uma realização do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), através da Fundação Cultural de Palmas (FCP), da Prefeitura de Palmas.