A presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, senadora Kátia Abreu (PP-TO), fez dura cobrança durante a COP 26, em Glasgow, aos países desenvolvidos e responsáveis pela maior parte da emissão de gases poluentes. A parlamentar do Tocantins defendeu a importância de combater o desmatamento ilegal no Brasil, mas lembrou que a agricultura brasileira é diretamente atingida pelo aquecimento global e não há compensação dos países ricos. No acordo de Paris, assinado pelas nações ricas em 2015, foi estabelecida a meta de disponibilizar, anualmente, US$ 100 bilhões para países em desenvolvimentos fazerem frente às mudanças climáticas e enfrentar seus impactos, mas esses recursos até hoje não foram destinados.
“São países que emitem enormemente e não reconhecem as dificuldades que a produção de alimentos no hemisfério sul enfrenta por causa do aquecimento global. Temos que parar o desmatamento ilegal sim, mas precisamos aumentar o leque de discussões. Não há como falar em clima sem debater pobreza, fome e desigualdade social”, disse.
Durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas a senadora Kátia Abreu cumpriu uma extensa agenda de conversas com autoridades internacionais, sempre mostrando o que o Congresso Nacional vem fazendo para se unir à missão mundial de diminuir a emissão de gases. É da senadora o PL, aprovado no Senado, que prevê meta de redução de 43% das emissões de gases de efeito estufa, até 2025, para alcançar os objetivos da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC).
Nesta terça-feira, 9, Kátia Abreu esteve ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, atendendo a imprensa brasileira e internacional. A parlamentar esclareceu a importância da assinatura do acordo Mercosul-União Europeia, que só será destravada após o Brasil sinalizar de forma concreta que está comprometido com a causa ambiental.
Após a COP, a senadora promoverá em Lisboa, através da CRE do Senado, o seminário intitulado “Agronegócio Sustentável no Brasil”. O evento foi idealizado de maneira a projetar a imagem do Brasil como potência agroambiental, um dos países com o maior potencial para o desenvolvimento da chamada “economia verde” e culturalmente rico e diverso. Evento acontecerá no próximo dia 12.